Autora - Wanilda Vale
E-mail - wanshipper@yahoo.com.br
Data - 24.02.00
Sinopse - Poema
Classificação - Shipper
DIVAGAÇÕES... DEVANEIOS
DIVAGAÇÕES
Scully, Dana... aqui no meu quarto tão sozinho
revivo à noite os momentos em que, como o vinho
me embriago com tua presença e teu sorriso mansinho
e me traga como onda o teu discreto carinho.
Chegas a mim bela, controlada e jovial
pareces tão fria, calculista e informal.
E eu me arrepio, não me liberto do portal
de onde espero sempre de ti um gesto de amor total.
Scully, por que me atormentas então, ainda?
Com esse teu jeito afável, tua boca linda
de lábios polpudos, rosados, onde quero ainda
depositar meu desejo, minha ansiedade infinda?
Ligo a TV. Vejo fitas pornôs, revistas que tais,
tento preencher meu vazio em formas especiais
que me tragam certo prazer, talvez até meus ideais,
mas não adianta. Tudo é vazio, tudo coisas tão banais!
Pra ti ensaio uma palavra, um olhar, uma atitude
um gesto, uma ação... mas que inquietude
sinto em mim! Pois nada consigo, porem, em virtude
de não haver coragem, nada... ou algo que me ajude!
Tenho desejos de te possuir, te abraçar, de te beijar,
de ver-te entregue a mim sem em mais nada hesitar.
Eu não vivo, Scully, estou apenas a vaguear
nessa vida triste, solitária, sem poder ter-te, te amar!
E uma abelha certa vez me atrapalhou.
Em outro dia meu sonho lindo desencantou
quando te disse: " eu te amo!" Nada, nada me restou...
aquele instante me entristeceu, pois em mim não acreditou!
Ah, eu te quero, te desejo, vida minha,
meu doce anseio, minha forma mais certinha
de prazer, de encanto... tão fofinha...!
Me deixa ter-te, minha amada criaturinha.
Por que esse impávido, pretencioso coração?
Pra que viver sem sentir bem essa emoção
que é após tantos anos numa doce sensação
nos possuirmos, formar enfim uma solução?
Vamos nos ajustar, vamos pôr uma decisão
nesta estória e por fim à solidão...
Se me amas, por que ainda dizer não?
Vamos nos encontrar, nos amar... está certo, então?
DEVANEIOS...
Mulder... Fox... quantas vezes fico aqui só, a sentir
um frenesi, um desejo cada vez mais me possuir
tomar conta do meu ser, até o âmago a vir
cada vez mais abrasando-me... e eu tento fugir...
... fugir de ti, dos teus olhos perscrutantes,
que às vezes parecem ser apenas por uns instantes
fugídios, frios, inertes ou inconstantes
mas que eu adoro e neles concentro meus desejos mais distantes...
... distantes somos um do outro sentimentalmente,
mas na verdade só mesmo aparentemente
ou por vezes, nem consigo conter-me e propositadamente
me faço fria, distante, longe mas avassaladoramente...
,,,avassaladoramente desejosa de estar em teus braços
arfante, possuída, toda tua sem embaraços,
sem ter medos, receios... mas somente traços
da minha imensa paixão transparece como baços...
... baços anseios e então com suave carinho
ou uma palavra amiga me faço entender pra ti, baixinho
e me entendes, sim, tenho certeza meu fofinho
que te mostro o meu desejo de te ter pra mim, todinho...
... todinho de corpo, alma e com mansidão
tua boca que eu tanto quero afagar a minha mão,
meus olhos, e encontrar minha boca então...
mas Mulder, eu nem resisto; em pensar sinto até parar meu coração...!
... o meu coração fica todo afogueado,
quase louco, inquieto, até baratinado,
se estou a imaginar essas coisas, coitado!
Mas o que fazer se ao contrário é tudo desmoronado...
... desmoronado pelas circunstâncias de vida
pelas dificuldades encontradas, sem saída
pelas lutas intensas em toda nossa lida
do trabalho onde às vezes me faz combalida...
... combalida pelo ciúme quando te vejo alguma vez
olhar ou beijar outra mulher... ai que insensatez!
Mas como posso reclamar de tua embriaguez
de homem por outra se não ajo com a devida rapidez?
... rapidez de pensamentos, de ações com resultado
positivo, racional, plausível e acertado,
com um SIM que eu te dê, meu bem amado.
Vamos nos acertar pra nos amar... está combinado?