Autora: - Wanilda Vale

Data - 11.09.00

E-mail - wanshipper@yahoo.com.br

Sinopse - Chris Carter, o criador de Fox Mulder e Dana Scully que me perdoe, mas essa retrospectiva trata do meu modo divertido e romântico de ver as coisas que aconteceram entre os dois Agentes nos momentos em que concluíam cada investigação, durante toda a sétima temporada de seu trabalho nos Arquivos-X.

 

 

 

RetrospecXshipper II

 

HUNGRY (FAMINTO) - 7x01

Mulder e Scully deixam a casa.

Scully caminha com os olhos voltados para o chão, calada e pensativa.

Mulder, mais atrás, acelera o passo para alcançá-la.

Scully balança a cabeça negativamente.

Scully chega até o carro. Abre a porta para entrar.

Pára o gesto que está fazendo e olha Mulder:

Entram no carro. Colocam os cintos de segurança.

Ele lança-lhe um belo sorriso:

Há um silêncio entre os dois. Mulder olha-a de soslaio, maquinando algo para falar.

Ele ri, divertindo-se com o espanto dela e acelera mais o veículo.

 

 

THE GOLDBERG VARIATION (UM HOMEM DE SORTE) 7x02

 

Scully o fita profundamente. No seu olhar paira a tristeza.

- Prefiro não, Mulder.

Scully novamente procura o olhar de Mulder para dizer:

Mulder olha para a frente.

Scully gira a chave de ignição do carro.

Scully meneia a cabeça, negativamente.

Ele detém-se ao ver os olhos azuis de Dana encherem-se de lágrimas; toca em seu rosto.

Mulder sente que não há necessidade de Scully explicar seu pensamento.

Ele sabe que, na realidade, o desejo dela jamais poderá se concretizar em sua vida.

Scully põe em movimento o carro.

Nada mais os dois têm coragem de falar.

Os olhares de ambos volvem para uma mesma direção:

À distância, um grande outdoor exibe um lindo bebê usando fraldas e sorriso de inocência estampado em seu rostinho. Seus pés para o alto estão sendo seguros pelas rechonchudas mãozinhas.

 

THE SIXTH EXTINCTION (A SEXTA EXTINÇÃO 1 e 2) - 7x03/04

Mulder fecha os olhos e permanece assim mais alguns segundos.

A emoção e o desejo tomam conta do seu coração.

Ela o beijara na testa com tanta ternura e ele ainda percebe o calor daquela emoção e sentindo-se terrivelmente só!

Ainda a encontra esperando o elevador.

Apressa os passos até ele.

Ela sorri, apertando o botão do elevador no painel da parede.

Mulder coloca sua mão sobre a dela.

O céu azul dos olhos dela aprofundam-se no verde mar dos olhos dele.

Scully lança o olhar para Mulder, dá a mão a ele e caminham de volta ao apartamento.

Entram e ele bate a porta.

Desenha-se-lhe um sorriso largo na face.

Scully aproxima-se. Retira o boné que Mulder está usando.

Scully aproxima-se do aquário.

Mulder a imita.

Quedam-se a observar o movimento sem parar dos peixinhos a nadar.

Ele afasta-se um pouco:

- Scully, não vou dizer-lhe que nem lembrarei mais da Diana; eu o farei sim, mas de uma maneira

assim como alguém que já tomou parte da minha vida... e só.

Ele coloca as pontas dos dedos em seus lábios:

Ele toca levemente em seus braços e Scully, percebendo que aquele gesto sutil é um apelo mudo para um abraço, joga-se em seus braços.

Ele aperta-a contra seu corpo.

Ficam assim, em silêncio.

Talvez meditando como procederem para iniciar um relacionamente amoroso; que palavras ou gestos tomar para irem de encontro à verdadeira felicidade.

Mulder toma-lhe o rosto entre as mãos para contemplar sua face molhada pelas lágrimas que escorrem.

Ele as seca com as pontas dos dedos.

Faz Dana caminhar, segurando-a mansamente e sentam-se no sofá.

Mulder sabe que deve dar um intervalo nesse desenrolar de emoções, para que Scully torne-se menos tensa.

Decide tomar uma atitude descontraida.

Dana o observa ternamente, com os braços cruzados.

Ele finge-se aborrecido:

Ambos riem gostosamente.

MILLENIUM (MILÊNIO) - 7x05

Caminham lentamente até o carro.

Ainda podem ouvir em algumas partes da cidade o pipocar dos fogos, demonstrando estar alguém ainda em plena comemoração do Ano Novo que se inicia.

Ainda abraçados, ficam a apreciar numa parte distante do céu escuro luzes dos fogos que despencam em lágrimas prateadas, desmanchando-se no espaço.

Os olhos esquadrinhadores dele brilham de esperança por uma resposta positiva à sua idéia.

Alguns segundos se passam.

Dana desvia o olhar:

Ele segura-a pelos ombros:

Ela coloca os dedos nos lábios dele:

As respirações ofegantes abrasam-lhe o peito, tornando-os cheios de ansiedade.

Falam mais perto, ainda. Os lábios quase se tocando, olhos fitos um no outro, apaixonados.

Dana permite que ele chegue-se a ela e a toque com a boca em seus lábios, que entreabrem-se para receber o desejo de Mulder.

Provam-se. Sentem-se. Saboreiam-se.

A grande paixão guardada por tantos anos desabrocha sob a forma deste beijo puro e arrebatador ao mesmo tempo.

Após alguns segundos separam-se, embora continuem abraçados.

Ela desencosta a cabeça do peito dele para fitá-lo.

Meneia afirmativamente a cabeça.

Ela, pequena, com a cabeça erguida, fita-o alto, esguio diante dela.

Lentamente eles separam-se e dão-se as mãos.

 

 

RUSH (INVESTIDA) - 7x06

Mulder e Scully deixam o hospital, onde Tomy ficara internado.

Scully franze os lábios, em atitude céptica e lança após um pequeno sorriso para Mulder.

Ele pega-lhe a mão, enquanto andam:

Ele a faz parar para fitá-la e dizer:

Dana o olha com um meio sorriso:

Ela abaixa o olhar, aproxima-se para aconchegar-se junto ao peito dele:

Ele abraça-a, sentindo a quentura do corpo dela junto ao seu.

 

 

 

 

ORISON (REVERENDO ORISON) 7x07

Scully já arrumara uma valise com algumas peças de roupa e objetos para seu uso.

Após aquele diálogo com Mulder sentira-se um pouco aliviada, mas há uma grande ansiedade em sua alma por um pouco de paz no coração.

Mulder aproxima-se, vindo da sala:

Scully faz sinal positivo com a cabeça.

Ela balança afirmativamente a cabeça.

Mulder toma seu rosto entre as mãos.

O machucado na face ainda mostra a cor roxa sobre a pele.

Mulder passa levemente um dedo sobre o local e, em seguida, depõe um suave beijo.

Os olhos de Scully umedecem-se de lágrimas.

Sente-se fragilizada.

Agora ele aperta-a entre os braços, saem caminhando em direção à porta para sair.

- Quero levá-la em um recanto bem bonito, Scully.

Ela nada fala. Apenas assente.

E Dana sorri, enquanto está encostada ao peito forte dele, sentindo seu calor e ternura.

Enfim, sente que está feliz. E tudo o mais ficou para trás.

* * *

O verde ao redor é total. A montanha lá ao longe tem a cor escura acinzentada.

O canto dos pássaros, o barulho das águas do regato.

O ruído do vento no imenso bambuzal faz um chiado quase fantástico.

Mulder olha para Scully; ela ainda traz no semblante o desasossego causado pela covarde agressão e maltratos do bandido.

Mulder está condoído pelo sofrimento de sua Scully.

Eles caminham pela trilha do bosque silenciosamente, de mãos dadas.

O sorriso triste esboçado por ela vai transformando-se num sorriso de serenidade, alegria, paz no coração. Abraça-se a Mulder, como um náufrago agarra-se a uma tábua de salvação.

 

 

THE AMAZING MALEENI (O INCRÍVEL MALLEENI) - 7x08

Mulder continua chamando, enquanto saem:

Scully pára, cruza os braços, esperando, enquanto franze os lábios, em atitude sarcástica.

Ela fecha os olhos, em atitude de tédio.

Não quer sorrir, mas não pode segurar o riso quando o vê de braços cruzados, em atitude de "Jean é um gênio", dando um pequeno impulso para imitá-la.

Fica com o inseto pendurado nos dedos junto aos olhos muito abertos de Dana.

Scully faz um gesto de susto:

Ele larga o inseto, abraça-a pelos ombros e assim caminham.

Entram no carro.

Mulder põe o carro em movimento.

O veículo corre por ruas e avenidas.

Ele faz sinal com a cabeça.

Ela volta-se para ver onde estavam passando.

 

Uma grande placa iluminada anuncia:

GRANDE CIRCO BLUESKY

ACRÓBATAS E O GRANDE MÁGICO OSWALD

SIGNS AND WONDERS (SINAIS E MARAVILHAS) - 7x09

Despedem-se.

Mulder a vê afastar-se com o carro.

* * *

Scully chega em casa, após ter deixado Mulder em casa.

Está cansada. Fôra uma aventura, quase! Se por acaso tivesse participado de um safari na África teria sido bem menos estressante.

Após preparar-se para descansar, deita-se na cama. Fecha os olhos.

Não tem noção de quanto tempo estivera adormecida, até o momento em que um grito lancinante havia saido de sua garganta.

Está sentada na cama, mãos ao peito, arfante.

Toma o telefone na mesinha de cabeceira. Disca.

Silêncio. Ela não responde.

Scully sorri com a bondade, a amizade, o amor e a grande perspicácia de Mulder.

Adora-o

 

 

 

SEIN UND ZEIT - CLOSURE (LIBERTAÇÃO 1 e 2) - 7x10/11

Scully também dirige seu olhar para o céu estrelado:

Eles se dão as mãos e olham ambos para o céu.

Mulder olha-a ternamente.

Ele somente assente, concordando com as palavras dela.

Abraça-a ardentemente.

Permanecem assim, abraçados, curtindo seu entendimento, sua amizade, seu amor.

X COPS (MEDO) - 7x12

Scully chama Mulder para entrarem no carro.

Saem rapidamente de perto dos câmeras, repórteres e policiais.

Mulder ao entrar no carro, rapidamente coloca o cinto de segurança.

Scully imita seu gesto, porem fica embaraçada por alguns instantes.

Mulder ajuda-a, sorrindo.

Scully lhe sorri, ternamente.

Falam bem pertinho um do outro. Olhos nos olhos.

Ele desliza o olhar pelos seus cabelos, os olhos, o nariz, a boca de lábios entreabertos ...

- O que foi? - espanta-se

Do vidro da janela abaixado, ele avista o olho indiscreto da câmera, gravando todas as cenas e diálogos.

 

 

FIRST PERSON SHOOTER (O MUNDO VIRTUAL) - 7x13

Ainda com as vestimentas futurísticas de metal usadas no jogo virtual, Mulder e Scully caminham para trocar-se em seguida.

Scully o puxa rapidamente pela mão.

Ela pára de andar. Fecha os olhos. Toma um ar decidido.

 

THEEF - (A PERDA) - 7x14

Scully pára por instantes, leva as mãos aos olhos.

Fecha-os apertadamente e franze as sobrancelhas. Há uma preocupação em seu semblante.

Mulder aproxima-se, observando-a atentamente:

Mulder a olha, compreendendo o que ela havia passado.

Ele segura-lhe a mão.

Mulder balança a cabeça afirmativamente. Prende o lábio inferior, pensativo.

Olham-se intensamente.

- Obrigado, Scully. Você realmente é a minha metade na vida.

 

 

EN AMI (A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE) - 7x15

Scully continua andando apressada através das salas vazias, onde antes estivera e falar com o CGB Spender.

Pára, por fim. Desiste da procura sem sucesso.

Mulder faz apenas um sinal com a cabeça.

Ela percebe que ele a olha com frieza e que por momentos nem a olha, exatamente. Continua magoado.

Encaminham-se para tomar o carro.

Entram no veículo, colocam os cintos.

Scully o olha tão calado.

Fica apreciando o seu perfil de nariz agudo, a boca sensual, cabelos desalinhados, olhos pequenos incrivelmente perscrutadores quando a fitam.

Mas agora ele não quer lhe falar ou olhar. Está zangado. Amuado, ainda.

Ela tem que tirá-lo desse mal-humor.

Aproxima o rosto bem junto do dele.

Ele olha-a de soslaio.

Ele não responde.

Ele simplesmente confirma com um sinal de cabeça.

Ele a fita agora, rapidamente, com atenção na direção do carro.

Scully coloca os lábios levemente sobre a face dele.

Mulder pára o carro num acostamento da pista.

Não tem tempo de concluir a frase.

Mulder já havia pousado os lábios contra os seus.

E isto é o que ela queria.

 

 

CHIMERA (QUIMERA) - 7x16

Mulder abre a porta do escritório e entra com passos rápidos.

Há dois dias não vê Scully e sente falta de sua presença.

Ela, enquanto arruma uma pasta na gaveta do arquivo, mal levanta a cabeça para olhá-lo:

- Tudo bem? - fala animadamente.

Mulder retira o paletó e o joga sobre uma cadeira. Nota que Scully está calada, muito compenetrada no que está fazendo.

Ela levanta os olhos em sua direção.

Scully continua fitando-o Agora franze as sobrancelhas, parecendo estar querendo compreender o que ele lhe está falando.

Aproxima-se dela, levantando nas pontas dos dedos um chaveiro para que ela o veja.

Dana continua a fitá-lo, vendo-o aproximar-se. Nada fala.

Agora ela larga as pastas, cruza os braços:

- Scully, pare de falar assim... olha... - levanta mais o chaveiro - trouxe pra você.

Ela olha para o que ele tem às mãos sem pegá-lo, no entanto.

Um chaveiro no formato de um pequeno corvo.

Dana balança a cabeça negativamente, sem falar.

Ela meneia a cabeça, positivamente.

Ele aproxima-se mais e encosta o chaveiro pendurado nas pontas dos dedos, no nariz dela.

Mais uma vez Scully confirma sem falar.

Mulder coloca as mãos envolvendo-lhe a cintura.

Ela permanece sem mover-se do lugar.

Começa a mexer bem suavemente em seus cabelos ruivos, enfia os dedos entre eles, os polegares nas maçãs do seu rosto, deslizando-os mansamente sobre sua pele.

Com esse toque das mãos dele e sentindo o calor de seu corpo junto ao dela, vai perdendo cada vez mais o poder sobre seus sentidos.

Um forte ruído na porta os faz assustarem-se e rapidamente afastam-se um do outro.

secretária entrando na sala, apressadamente - É um novo caso de muita urgência para resolver!

 

 

ALL THINGS (TODAS AS COISAS) - 7x17

 

Mulder acabara de levantar-se do sofá.

Cuidadosamente caminha sem fazer ruído, tentanto não acordar Scully.

A música continua tocando baixinho.

Ele vai até o quarto.

Ajeita os lençois na cama um tanto desarrumada. Deita-se nela com os braços sob a nuca, fitando o teto.

Seus pensamentos volteiam desordenadamente.

Dana está ali a poucos metros dele! Tão frágil! Tão indefesa! Tão confiante!

Jamais trairia essa confiança que ela deposita nele.

Olha o relógio de cabeceira. Fecha os olhos. As pálpebras começam a pesar-lhe.

Abre os olhos novamente. Escuta um ruído vindo do banheiro.

"Scully já levantou-se! - pensa - E não vou conversar, para que ela volte a dormir."

Por longos minutos fica ali, deitado.

O vulto de Dana destaca-se no umbral da porta.

Ela lhe dá um leve sorriso.

Senta-se na beira da cama.

Então Mulder repara: ela havia descalçado as meias e estava mais à vontade.

Ela volta-se e sai para a sala.

Mulder a acompanha.

Mulder senta-se junto a ela.

Ela puxa o cobertor sobre seu corpo.

Ele a olha com imensa ternura.

Ele encolhe os ombros.

Não é necessário Dana dizer com palavras o sentido de sua frase. Os seus grandes olhos azuis detém-se no mais profundo do olhar perscrutante de Mulder e ele, dessa maneira, pôde entender tudo que ela lhe queria dizer, do fundo do seu coração.

Ela achega-se mais a ele e mantém-se bem encostadinha lado a lado com Mulder.

As mãos dele procuram as suas.

Mulder coloca os dedos entre seus cabelos.

Scully fecha os olhos. Espera.

A respiração de Mulder ela pode ouvir ofegante e ansiosa.

Abraçam-se, sentindo-se mutuamente no calor vibrante de seus corpos.

Mulder experimenta como ela reagirá às suas carícias.

Quer senti-la toda, acaricia-la toda, mas há um sinal de alerta ainda, a deter os seus impulsos mais afoitos.

Beija-lhe os olhos, sente o calor de seu pescoço; toca os dedos leve e gentilmente em seu decote, rodeando-lhe o feitio.

Scully deixa-se acariciar; deixa que seu corpo sinta as delícias dos afagos do homem que ama há tanto tempo.

Ele beija várias vezes em rápidas carícias o queixo dela, as faces e procura-lhe a boca.

Dana entreabre os lábios e sente, pela primeira vez, a intensidade da paixão que Mulder sente por ela.

Sente ele a explorar-lhe a intimidade de sua boca; sente a maciez desejosa da lingua dele a querer quase devorá-la.

Perde as forças. Percebe que o seu corpo deseja estar submisso ao corpo de Mulder e que ele espera a sua entrega. Que é total agora. Sente-se quase desmaiar de emoção e todo o seu ser deixar-se entregar àquela deliciosa sensação...

E somente o cenário do ambiente calmo, é a testemunha do desenrolar dessa cena de um amor tão grande e sincero.

 

 

HOLLYWOOD AD - 7X18

Estão de mãos dadas, seguindo o caminho para sairem do local.

 

 

 

Mulder a abraça, sorridente:

 

 

 

BRAND X (O CIGARRO DA MORTE) - 7x19

Mulder aguarda alguns segundos.

Abaixa-se para pegar o maço de cigarros no cesto do lixo. Ergue-se com ele na mão e olha-o

Ele desvia o olhar ao ouvir a voz. Fica parado com o maço fechado em sua mão.

Scully aproxima-se e segura a mão dele que esconde o maço de cigarros Morley.

Olha para ele, profundamente.

Ele ri, gracejando dela:

Dana abre-lhe os dedos e retira o maço de entre eles.

Scully toma o maço de cigarros, abre-o e vai de um a um estraçalhando-os, e os pedaços vão caindo na lixeira. Terminado o importante gesto, bate as mãos uma contra a outra, limpando-as:

Mulder sorri e agarra-a com calor.

Aperta-a contra si:

Mulder pousa sua boca sobre a dela, provando-a com doçura.

- Eu não quero que nada haja entre nós... nem o gosto da nicotina... nada que me impeça de sentir isso em você, Scully - beija-a repetidas vezes - Você é a minha gostosura, o meu docinho...

E aos lábios dela une os seus num longo e verdadeiro beijo de amor.

 

 

FIGHT CLUB - 7x20

Scully levanta-se e chama:

- Mulder, venha! - segura-o pela mão.

Dirigem-se para a porta.

Mas os dois Agentes batem a porta e não detém-se ao ouvir aquele chamado.

* * *

No apartamento de Scully ela ajuda Mulder a retirar o paletó, e encaminha-o para o quarto.

Ela dirige-se à cozinha e na geladeira apanha uma caixa de leite, servindo dois copos.

Volta para o quarto, carregando os copos numa bandeja.

Mulder retira os sapatos e as roupas. Joga-se displiscentemente na cama, com um gemido.

Dana, após beber o leite também, vai fazer-lhe companhia.

Mulder abraça-a carinhosamente.

Deitam-se juntinhos um do outro.

Ela o enlaça, terna e cuidadosamente.

Silêncio, agora.

 

 

 

 

 

 

 

JE SOUHAITE - 7x21

O apartamento está iluminado no entardecer apenas pelas résteas de sol, que brandamente ainda podem ser vistas através dos vidros das janelas.

Scully aproxima-se de Mulder, trazendo nas mãos uma xícara de chá.

Ela dá de ombros.

Encaminha-o para o quarto.

Abre o armário e tira dele algumas peças de roupa. Ajeita a cama, abrindo em cima dela lençois e cobertor.

Ela achega-se mais para ele:

Ele abraça-a fortemente.

Estão abraçados.

Dos olhos de Dana escorrem lágrimas.

E ela pensa nas palavras proferidas por ele.

E se, realmente, lhe acontecesse alguma coisa?
Ele, na verdade, nada teria pra lhe deixar...

 

REQUIEM 7x22

Skinner continua por um pouco mais a sorrir e chorando de emoção ao mesmo tempo.

Scully está ali, diante dele, deixando as lágrimas correrem livremente, rolando pelas suas faces.

Skinner aproxima-se mais.

Ela soluça agora. Leva as mãos ao rosto.

Skinner está sentindo junto com Scully aquele sentimento da perda.

- Calma, Scully, nós temos que...

- ... ter fé, senhor Skinner.

Ele balança a cabeça, afirmativamente.

* * *

Dana resolvera não ir para seu apartamento ao sair do hospital.

No seu coração o desejo maior foi ir para a residência de Mulder.

Ali poderia sentir mais um pouco a sua presença, embora nessa sua ausência angustiante.

Havia chegado, destrancado a porta e entrado.

Logo ao bater a porta pelo lado de dentro, um enorme aperto no coração manifesta-se em seu peito.

Por mais que queira conter-se não dá para reprimir o convulsivo choro que vem à tona neste momento.

Passa os olhos sobre as coisas ali dentro.

Tudo transmite a presença do seu amado.

Ela chega até o aquário iluminado. Os peixinhos em seu movimento infinito estão indiferentes ao drama existente ao seu redor.

As lágrimas descendo aos borbotões pelas faces de Dana, a fazem ter sua visão misturada às bolhas do aquário, que sobem e desmancham-se na superficie da água.

Dana afasta-se. Vai ao quarto.

Tudo transpira Mulder.

Ali estão em cima da cama, peças de roupa esquecidas.

Um par de tênis no chão; toalha de banho pendurada na maçaneta da porta.

Dana senta-se na beira da cama, olhando ao redor.

Parece vê-lo chegando neste instante, no seu jeito displiscente de ser, no seu andar característico jogando os pés, com seu sorriso espontâneo de menino desenhado na face, as mãos estendidas para

alcançá-la e envolver seu corpo, jogando-a ternamente sobre a cama, os olhos esquadrinhadores estudando os seus até lá no fundo, cheios de indagações e desejos, os cabelos castanhos desarrumados, a boca sensual procurando a sua, os dedos longos, macios e exploradores, buscando sua intimidade...

Dana sente-se etérea, vazia... sua mente a domina e ela percebe que tudo está como que desvanecendo-se à sua frente.

- Mulder... - balbucia - ... o nosso bebê... que eu queria tanto! Ele está aqui... e você...!

Dana chora e joga-se sobre o leito, corpo encolhido, como se estivesse a querer proteger-se de tanta angústia e tristeza. Seus dedos agarram-se aos lençois.

Toma uma das peças de roupa de sobre a cama, agarra-se a ela, notando que assim, sentindo o odor do corpo de Mulder, é como tê-lo diante de si. E deixa o corpo a sacudir-se com os soluços do pranto.

Ela leva a mão ao pescoço, como que procurando buscar ajuda de paz e esperança somente tocando a cruz de ouro que simboliza o Senhor de todas as coisas, que pode devolver-lhe tudo aquilo que agora está perdido, secar todas as suas lágrimas aflitas, trazer novamente ao seu rosto o sorriso de alegria, da paz, da certeza de dias melhores.

Seus dedos tateiam-lhe a pele, procurando a cruz. Não está.

Lembra-se imediatamente que a cruz encontra-se agora com Mulder; sente que o Senhor Deus estará com seu amado onde quer que ele se encontre.

 

 

Vêm-lhe à mente as palavras que lêra na Biblia, vindas do Filho de Deus, Jesus Cristo:

"Vinde a Mim vós que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei..."

 

 

FIM

Amigo eXcers, aí está a minha fictícia retrospectiva, com a qual espero ter agradado a todos vocês.

E se gostaram e quiserem conhecer mais estorinhas sobre Mulder e Scully, leiam meu folhetim virtual no Devaneios que está no site http://membro.intermega.com.br/wlad/