VOCÊ É UMA CRIANÇA!
“Guie uma criança pelo caminho
que ela deve
seguir e siga também
por ele de vez em
quando.”
Josh Billings
Capítulo 310
Maggie vê seu neto calçando um par de tênis.
— Onde você vai, William?
— Vou até o FBI.
— Vai... aonde...? Que
negócio é esse?
— É sim. Vou procurar o senhor Skinner.
— Ah, mas não vai mesmo! Se seus pais soubessem disso,
o proibiriam na certa!
— Tá certo, vó. Mas eles não estão aqui pra me proibir. E eu tenho que
ver onde estão.
— Mas não pode fazer isso, William! Eles estão
trabalhando numa investigação!
— Sim, sei disso. Mas estão correndo perigo.
— Por que você fala isso, meu bem?
— Porque eu vi, vó!
Ela o puxa pelo braço, fazendo-o sentar-se num sofá
junto dela:
— Meu bem, por que você fala assim? O que está
havendo?
— É que eu estou vendo que estão em perigo.
— Vendo...?!
— Sim, vó. Eu posso ver
isso. E eles estão num lugar estranho, diferente de tudo que já vi.
Maggie se levanta; coloca as mãos sobre a
boca, surpresa:
— Você pode... ver...?
— Sim, vó.
— E eles... estão correndo perigo?
— Sim.
— Oh, meu Deus! — ela se senta ao lado do neto,
novamente — E o que você quer fazer?
— Saber com o senhor Skinner para onde meus pais
foram.
Maggie meneia a cabeça, positivamente:
— Vamos lá, William; agora!
— Não, vó! Eu vou sozinho!
— O quê?! Não! Pára com isso! Você é uma criança!
— Tá bem, tá bem, vó! Então vamos lá.
Súbito ele pára de falar e fica de pé, olhos fechados.
— William... o que houve?
Ele faz um gesto com a mão:
— Espera, vó!
Huuum... não... não é possível! —
murmura o menino, com ar de espanto.
— O que você está vendo, William?
— Não estou entendendo nada, vó!
Mas o que será isso?
— Mas isso o quê, William? O que está acontecendo com
eles? Fala!!
O menino sacode a cabeça, como que desejando tirar dos
olhos e da mente o que havia
visto em sua premonição.
— Vó, vamos lá no FBI! Precisamos ir logo.
* *
*
Dana acompanha o Príncipe e a Rainha em sua caminhada
na direção do castelo.
Repentina e absurdamente surge à sua frente um grupo
de animais: coelhos, cervos, porcos
... porém o silêncio é total,
embora toda a aproximação dos animais.
A Rainha e o Príncipe seguem sua caminhada
conversando, sem notar o que, às suas costas
está acontecendo.
— O que é isso?! — Dana exclama, assustada com a
aparição de tantos animais à sua frente.
Um dos cervos se aproxima de Veevo:
— Estamos aqui para ajudá-lo a impedir que a Princesa
seja levada ao sombrio castelo da
Rainha má!!
— Sim, sim, amigos! Ótimo! Eu não podia fazer isso
sozinho! Obrigado, amigos!
Dana está de sobrancelhas levantadas, sem acreditar no
que vê e ouve no momento.
As rugas afetam menos uma
mulher do que a maldade.”
A. Dupuy