DEVANEIO... IMAGINAÇÃO... FANTASIA.... SONHO... QUIMERA...
CAPÍTULO EXTRA XIII
Uma Prosa Com
Segundas Intenções
Árvores verdes, brilhantes, iluminadas em festa
Piscando num modo incessante suas lâmpadas
A cidade busca a alegria,
A animação
De uma data que comemora o nascer
Do filho de Deus trazendo a paz
Em cada coração.
Música, harpa, cores, sons,
Que trazem a felicidade de um dia pelo menos.
Um dia assim
Pois há, na verdade, em muitos lares
A intranqüilidade, o desassossego,
Muitos males, enfim...
Por que não poderia ser tudo muito diferente?
Com realizações, com amor, coisas que dão uma
Sensação fremente?
Mas não! A vida é difícil, dura, pouco liga
Para o sofrimento, a dor, a tristeza no coração
De muita gente...
E eu gostaria tanto que o Papai Noel trouxesse
Para aqueles dois seres que se amam
O presente ideal
Sem mais esperar, sem nunca mais deixar
Que a angústia lhes tolde o olhar e sim
A felicidade total.
Eu queria mesmo é que neste Natal
Pudesse os dois estar a sós, sorrindo
Loucos de paixão, somente
o amor dividindo
E não assim longe um do outro
Fingindo negar de seu par a existência...
Se deprimindo.
Mulder e Scully, por que não poderiam
Agora nos brindar com a felicidade total,
Enfim?
Ficaríamos nós felizes, contentes, realizados,
Acompanhando o desenrolar desse amor único,
Por fim.
Mas não!! O destino não quis, não quer,
Não aprova e não deixa
Sequer
Que prossigam lado a lado nesse encanto.
Têm que ficar sempre separados e que seja
como a vida assim
lhes dispuser
E em mais um Natal não podemos ver
Os dois lindinhos contentes, num só
Desejo
E daí ficamos nós na saudade
De tê-los felizes, mas lá no fundo
Do nosso coração, queremos vê-los juntinhos
No primeiro ensejo
Mostrando ao mundo que o sentimento vencedor
É sempre, em qualquer tempo, o verdadeiro amor.
Rio de Janeiro,
Dezembro de 2001