DEVANEIOS...Imaginação... fantasia... sonho... quimera

SERÁ MESMO...?

Capítulo Extra II

 

Amiga,

Antes de começar a ler o texto abaixo, desejo esclarecer-lhe de que tudo o que está escrito não é um devaneio, uma fantasia... não desta vez!

Eu quero é passar esse meu pensamento para VOCÊ somente, minha amiga com quem posso compartilhar do mesmo modo de entender a situação que narro abaixo.

Quando começar a ler a crônica vai perceber sobre o que estou falando.

E se você, que não pensa como eu sobre o assunto e não quer deixar vir à tona a VERDADE que pode estar escondida dentro do seu coração, mas não quer aceita-la, por favor não prossiga com a leitura que, porventura, poderá até magoar e insatisfazer o seu interior.

O que, de verdade, não é a minha intenção.

Mas não me critique. Eu não inventei cada fato. Apenas chegou-me ao meu conhecimento, asssim como de todos nós.

Eu somente quis colocar nesta página o meu sentimento mais profundo do desejo de ver duas pessoas felizes. É tão bonito!

Coloquei para fora o conhecimento que tenho dos boatos, histórias que se contam através desses oito anos, sobre a vida do casal de atores citado na crônica abaixo.

E não usei a utopia. Somente usei a experiência de uma vida já bastante vivida, a qual o Senhor Deus me concede a graça de usufruir até aqui, com saúde e paz no coração

Então o meu desejo aqui é somente expressar o meu desejo de que eles tenham essa mesma paz, mas sem sofrimentos, nem tristezas, nem desenganos, nem desilusões e muito menos decepções.

E estou fazendo isso usando o meu mais profundo respeito pelos dois artistas, a quem amo como seres humanos que são, dignos de toda consideração.

E a você que me lê, o meu mais terno e compreensivo abraço,

Wan

PS - Desejo aproveitar este espaço com vocês para sugerir àqueles que concordarem com o assunto acima, que leiam uma fanfic de nome Libido, escrita pela Luana Mulder, One e a Angel Scully.

Eu preparei este Devaneio Extra no dia 09.03.01 e li a referida fanfic no dia 27.03.01.

E acho que as duas narrativas encaixam-se perfeitamente.

Está claro que pode ser um exagero de situações narradas nela, mas quem poderá na verdade dizer como é a realidade? Quem?

 

O PENSAMENTO DE CADA UM DE NóS

 

"Foi por um passo distraído que começaram todos os destinos." - disse o poeta.

E assim acontece sempre na vida de cada ser humano.

Na sua vida, na minha... na deles.

É bem verdade.

Tudo começou naquele final de 1993.

Busca por intérpretes, ensaios, tudo o mais que necessitava para a formação de uma equipe de peso, que pudesse levar à frente o sonho daquele surfista inveterado, que havia largado o mar pelas câmeras de TV.

E assim foi formada a equipe, principalmente os personagens principais daquele sonho ainda a ser realizado; uma dupla de agentes federais especiais do Federal Bureau Investigation dos Estados Unidos.

E aconteciam então, as primeiras filmagens, os primeiros preparativos e ensaios.

A convivência. Dezesseis horas por dia no trabalho incessante de tomadas de cena, feitas e refeitas, repetidas e cansativas.

Erros, risos ou às vezes até talvez uma furtiva lágrima toldando-lhes o olhar pela decepção de não terem acertado suas falas em cena.

Num modesto, mas já até quase experimentado ator de pequenos e insignificantes papéis como ele podia ser classificado, com memória fotográfica, como costumava se auto-denominar, o ex-professor de literatura e poeta saia-se muito bem na caracterização do papel que estava representando. Ainda mais que sua escolha para um dos personagens da série fôra motivado por não ser "um cara que não parece um armário, quando vestido num paletó", segundo palavras do próprio criador do programa.

No mais, tudo bem. O rapaz , com seus trinta e poucos anos, saia-se sempre ótimo no seu desempenho.

E a moça? Essa, inexperiente naquela sua nova etapa de vida, havia sido escolhida como a melhor para o papel entre inúmeras candidatas.

"E eu pensei que fossem escolher alguém com longas pernas..." havia comentado ela numa entrevista, fazendo menção à sua pequena estatura.

Mas aí é que estava a chave do sucesso, ou melhor, a chave do que deveria ser um sucesso a partir dali.

A jovenzinha inexperiente de vinte e quatro anos bem vividos, com a vida voltada para os prazeres e a rebeldia desde a adolescência, estava então dedicando-se à sua nova etapa de vida: atriz de um sério e promissor seriado de TV.

Diariamente em companhia um do outro, ensaiando cenas, preparando tudo para um bom desempenho, errando e recomeçando, ambos sentiam-se muito à vontade naquele tipo de trabalho e vendo que a cada dia chegavam os elogios, as considerações e comentários.

E sua satisfação pessoal aumentava.

Um dia, há sempre um dia, aquele em que o destino aproveita o passo distraído, veio algo que aproximou mais o jovem casal.

Amor? Hum... não diria tanto, mas talvez mais um sentimento de busca de um prazer desconhecido com alguém que era seu par constante, seu colega, seu amigo e que podia ser... seu amante.

E tornaram-se um só, sem, não se sabe ao certo o porquê, prevenirem-se contra uma possível concepção. Que inevitavelmente aconteceu.

Dias, meses de inteira dedicação e deslumbramento pela nova vida surgida.

E continuava o embalo do bem querer, as atenções nos sets de gravação, as brincadeiras tão naturais, que somente entre dois apaixonados poderia, realmente, acontecer.

Porem algo desfez o encanto.

Talvez a incompreensão de outros; talvez a indecisão do seu próprio querer.

O fato é que veio, em consequência de alguma coisa que encontra-se fora do nosso entender, a separação.

E com ela a dor, a tristeza, a solidão.

Jovens, ainda, os dois, então por que sofrer? Para que?

A jovem não queria e nem podia deixar vir à luz do mundo aquela nova vida a qual havia gerado, sem algo que a pudesse fazer mais segura, o que alías, não sei bem se é essa a palavra a ser aqui aplicada.

Mas por algum motivo precisava casar-se, a fim de constituir um lar para aquela filha amada, gerada por seu prazer.

O rapaz, como qualquer homem o faria, continuou sua vida de solteiro, já curtindo uma certa fama e, por sua vez, entrava nas delícias dos prazeres da carne, o que acabou por também fazer gerar com uma companheira de folguedos sexuais um novo ser: uma criança.

Mais um casamento. Escondido. Tão misteriosamente secreto, que nem mesmo os colegas de trabalho souberam do fato na época.

E a jovem, seu antigo par que se havia casado anteriormente?

Nesse meio tempo já desfizera seu compromisso matrimonial.

Encontrava-se solteira, novamente.

E o pior. Sentindo-se infeliz e a sofrer a dor do amor perdido. Não por aquele que havia compartilhado do seu lar, mas pelo outro, o anterior, aquele pelo qual seu jovem coração a fizera conhecer o arrasado e complicado sentimento maior: o amor.

E o tempo, o mais cruel inimigo de tudo, de todas as coisas, ah... o tempo foi passando e com ele aumentando o desejo daquele casal de estar juntos, de compartilhar das mesmas coisas, de se unir novamente e então, de verdade, poder enfim... viver!

Mas nem tudo é fácil como se às vezes pensa.

Há o convívio com os que estão ao redor.

Há a responsabilidade e o respeito às pequenas vidas que não pediram para nascer.

Há o desejo de tentar fazer as pessoas mais próximas de si felizes.

E o casal tentava esquecer a realidade que tanto lhe doia por dentro e que lhes arrancava, em momentos de doridos suspiros, pedacinhos do coração e da alma.

A mulher sofrendo, chorando discreta e sentindo, lá dentro do seu coração, que fôra feita na medida certa para os braços daquele homem, o qual amava ainda.

O homem vivendo sua vida de engano, tentando continuar a sobrevivência do lar que havia construido.

Mas ambos sofriam.

Porque na verdade o que desejariam mesmo, sempre, é estarem juntos, ouvindo-se, olhando-se, acariciando-se, amando-se, sem questionar, sem pensar, nem desistir.

E nos sets de filmagens, a cada ano que passava, demonstravam todo aquele sentimento que lhes continuava a inundar o coração.

E permitiam-se, mesmo naquele seu ambiente de trabalho, deixar extravasar esse profundo sentimento em cada olhar terno, profundo, trocado quando contracenavam, que servia para demonstrar aqueles sentimentos pelos quais sempre lutaram e entre os quais o mais importante deles, que sobrepujava até o seu mais correto modo de agir e de pensar : o amor. E este os dominava.

E criavam por si mesmos, deliberadamente, cenas apaixonantes, não escritas nos roteiros de suas cenas que prosseguiam a desempenhar no seu trabalho.

E assim podiam viver como os personagens que representavam, fictícios, as suas próprias cenas de carícias e beijos e amavam-se um pouquinho que fosse, não podendo resistir aos desejos incontidos existentes um pelo outro.

Mas o tempo não pára.

A experiência ele vem trazendo. E a idade também.

E o tempo muita situação pode mudar.

Mas a única coisa que ficou mesmo foi o amor. Esse não morreu!

Está enraizado no âmago dos seus corações.

Se podem ver-se sempre que desejam? Ou amarem-se nos momentos que seus corpos os incitam?

Não temos certeza.

Morando muito próximos um do outro, sempre deverá haver uma oportunidade para encontrarem-se, é claro!

Seja na cidade onde moram ou mesmo noutras adjacentes.

O certo, indubitavel, é que até hoje persiste o amor.

Aquele amor que nasceu no século passado.

E então? Não é isso? Estamos em dois mil e um...!!

E este novo milênio lhes poderá trazer o sonho realizado, que não necessita mais apenas um furtivo olhar ou um encontro às ocultas.

Pelo mundo inteiro afora, existem aquelas pessoas que negam acreditar nessa paixão entre os dois artistas. Mas que ela existe, nem se discute!!

É como diz aquele ditado: "Eu não acredito em fantasmas, mas que existe, existe!!"

O amor existe, sim e esse amor, creio, será o certo e duradouro para os dois, pois um dia a velhice vai chegar, a beleza vai fenecer, o esquecimento do público vai acontecer... mas o casal tem que estar desfrutando da companhia um do outro, ajudando-se mutuamente, segurando com mãos firmes o seu amor.

Assim eu espero.

Espero eu ...?!

Esperamos nós todos que lhes queremos tanto bem!

Sejam felizes David e Gillian!!