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CAPÍTULO EXTRA LVIII

SIMPLESMENTE SAUDADE

 

Aconteceu num domingo, dia 21 de março.

E nessa ocasião, então, eu, já com o coração baqueado por uma especial emoção marcada naquela data por algo que havia acontecido em minha vida, resolvi jogar para trás os sentimentos e coloquei um DVD do Arquivo-X para assistir e o escolhido foi Post Modern Prometheus.

Bom tema. Diferente. Cheio de passagens estranhas, inclusive por ser em preto e branco.

Mulder e Scully.

Ele, sempre com "aquele" olhar (infelizmente sem aparecer o seu verde transparente) mas deixando-nos notar como esquadrinha o de Scully. Demais!!

Ela, na sua gentil amabilidade e ao mesmo tempo afastando Mulder do encalço do seu coração, linda e sempre meiga e doce com ele.

Tudo bem. Até aí tudo bem.

Comecei a lembrar-me das palavras da minha amiga Inês, quando havia estado há uma semana antes aqui na minha casa, quando então comentou como é respeitoso, belo, apaixonante, o personagem "Mulder". É o tipo do homem perfeito para qualquer mulher neste mundo.

E foi no desenvolvimento desse clima - romantismo, nostalgia, melodia gostosa - que fui me deixando levar pelos pensamentos e me senti fragilizada.

Daí, então, tudo foi se avolumando no meu interior sensível.

No final do episódio, a bela música da Cher, aquele doce embalo tocando no meu ponto fraco da saudade e então, a cena final:

Mulder levanta-se e, em atitude de perfeito cavalheiro, num gesto romântico, chama sua dama Scully para dançar.

E o pranto veio em mim como num rompante, impossível de controlar.

Saudade de uma cena igual que já se passara na minha vida, saudade da minha juventude, da época em que havia ainda esperanças... saudade... saudade... até do mais lindo Seriado que nunca mais trará episódios inéditos para emocionar nossos corações.

Simplesmente... saudade.

wanshipper@yahoo.com.br