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Devaneios Extra VII

SÓ FICA A SAUDADE

 

Noite Fria. TV ligada. Aguardando o começo do programa seguinte. Desligamento total do que está à volta. Torcida para que os minutos logo se passem e entre a programação esperada. Arquivo-X. O Seriado que tomou conta de pessoas do mundo inteiro. Raridade. Dificil encontrar-se shows com essa capacidade em reunir tantos apreciadores.

Ora, graças a Deus é chegado o momento tão aguardado. E mais um episódio se desenrola na tela.

A história dos necromantes para Mulder e Scully investigarem com a sua experiência e capacidade.

As cenas passam-se diante dos meus olhos atentos. Eu acompanho cada cena, cada passo, com interesse. Chega o final.

O Ano Novo. O novo milênio. A esperança.

Mas me faz mal, sabem o que? A música. Na nossa tradução é como segue:

"Adeus amor, eu vou partir

ouço ao longe um clarim

mas onde for irei sentir

os teus passos junto a mim..."

Como a música maltrata! Oprime. Amedronta, até.

Porque faz-nos vir à mente a saudade. A ausência. O adeus. A falta.

E apresenta-se diante da tela a cena final. O beijo. Um simples beijo. Um leve toque. Mas existe a emoção.

E aqueles dois rostos me deixaram implantada no coração a emoção. Por que?

Porque nunca mais poderei ver os dois personagens Fox Mulder e Dana Scully. Porque nunca mais terei esses dois diante da tela da minha TV fazendo cenas onde o desempenho correto de cada um pode ser acompanhado com prazer e atenção.

Fico imaginando o que virá daqui para a frente. Esse episódio eu assisti - talvez pela trigésima vez - agora, à zero hora do dia 3 de agosto deste ano. E depois? O último? O derradeiro?

Como irei me sentir no episódio Existence?

Se para os próprios atores tal encenação, além de emocionante, transformou-se num momento de saudade onde até as lágrimas inundaram-lhe os olhos saudosos, imagine esta pobre criatura aqui que lhes está escrevendo, como poderá ficar?

Sinceramente, a comoção tomou conta do meu coração e eu senti saudades.

Saudades. Saudades de Mulder e Scully.

Nunca mais eles estarão a dar-me o prazer de vê-los juntinhos.

E daí, cadê os meus personagens favoritos?

Cadê os inspiradores das minhas histórias shippers?

Cadê os momentos românticos dentro do Arquivo-X?

Cadê aqueles toques de mão? Os olhares extasiados um para o outro?

Cadê o sorriso ingênuo de menino do Mulder com seu olhar perscrutador ou o sorriso levemente malicioso e olhar azul e repleto de indagações da Scully?

Somente a saudade vai ficar.

Só a saudade vai abater o meu coração com a tristeza e a desesperança.

E as lágrimas, com certeza, inundarão meus olhos carentes ao ver novamente o casal de Agentes do FBI mais bonito e charmoso que já existiu e mais tarde sentirei saudades desta década privilegiada em que vivi e na qual fãs do mundo inteiro tiveram a vantagem de usufruir da Série mais culta, inteligente e séria deste nosso planeta tão tumultuado e frio de sentimentos.

Adeus Mulder e Scully!

Vocês permanecerão para sempre na lembrança dos sensíveis, aqueles que, para sempre, continuarão com vocês em seus sentimentos e em seus eternos devaneios...!

 

 

 

 

 

 

Wanshipper@yahoo.com.br