LEMBRANÇAS FINAIS

(MEMENTO MORI)

Roteiro:  Chris Carter,  Frank Spotnitz,  John Shiban & Vince Gilligan

Diretor:  Rob Bowman

4x15

Exibição USA:  09/02/97

No Brasil: 07/11/97

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO:

 Scully faz diversos exames e descobre que seu câncer não pode ser diagnosticado.

Mulder começa a investigar as mulheres que foram abduzidas e nota  que todas desenvolveram o mesmo câncer de Scully.

Como a situação de Scully se complica,  Mulder fica desesperado e chega a pedir ajuda aos Pistoleiros Solitários e.ao Canceroso.

 

 

Cena 1

 "Pela primeira vez vejo o tempo como se fosse as batidas do meu coração,  os segundos bombeando meu peito como se fosse um balanço final e os divinos mistérios que antes pareciam tão distantes,

 são agora claros com a presença de uma realidade contida longe,  mas nesta passagem sinto suas palavras como se fossem um peso sendo tirado de mim, sabendo que você as verá e comigo dividirá

 o seu fardo,  já que não confia em mais ninguém.  E você,  que conhece o meu coração,  ao olhar dentro dele encontrará as lembranças e experiências que você quer ter sempre,  porque  são suas. 

É um conforto para mim,  agora que sinto chegar o limite das minhas forças,  ao continuar a jornada que começou não faz tanto tempo assim, e que de novo recomeço com a fé abalada,  mas fortalecida por suas convicções.

Não fosse por elas eu não seria tão forte agora,  que não sei como irei encarar você e o ver esperando que me perdoe por não terminar o resto da jornada com você."

 

Estas palavras estão escritas no diário de Scully,  enquanto ela está no hospital.

E enquanto está examinando atenta sua própria radiografia da cabeça,  que mostra o tumor em seu cérebro,  seus pensamentos estão voltados para o que escrevera em seu diário.

 

 

Cena 2  

Mulder chega ao hospital com um ramo de flores nas mãos,  tentando fazer gracejos ao oferecer-lhe o ramalhete,  dizendo:

 

"- Eu roubei de um cara com a perna quebrada lá em baixo.  Ele não vai poder me pegar!" -  faz uma pausa,  fitando-a  -  Como é que vai?"

 

"- Esta é a questão,  Mulder.  Estou me sentindo bem!" -  responde.

 

Ele a fita com intensidade,  tentando mostrar satisfação.

 

Ela lhe explica que tem uma massa nasofaringiana,  um tumor que está crescendo em seu cérebro e que não pode ser operado e que outras formas de tratamento talvez sejam sem solução.

"- Eu tenho câncer.  Se ele pressionar em direção do meu cerebelo,  eu não terei chance de sobreviver."

Ela termina por explicar sua doença.

 

"- Eu não aceito isso.  Deve ter havido  alguém que já foi tratado disso... eu... é..." -  Mulder fala titubeante pela dor da notícia do que estava acontecendo com Scully.

 

"- Sem dúvida." -  ela murmura,  concordando,  retirando o olhar do dele.  Suspira profundamente.

 

Nota  

É  gritante o semblante de angústia e dor que ambos apresentam nesta cena. 

 

Cena 3   

Mulder coloca a mão,  carinhosamente,  sobre as costas de Scully e fala sobre suas abduções.

 

Cena 4 

Conversando ao telefone com Mulder,  Scully pede:

 

"- Preciso que você traga a sacola que está na mala do carro e peça à minha mãe para trazer algumas coisas para o hospital."

 

"- Descobriu alguma coisa?" -  ele quer saber.

 

"- Mulder...  não sei o que descobri,  nem o que há a descobrir.  Sabemos ambos que agora a verdade está em mim...  e eu sozinha tenho que persegui-la o quanto antes possível!"

 

"- Eu já vou pra aí!" -  ele diz,  aflito.  Há total desespero em seu semblante.

Mulder,  ao largar o celular,  dá um tranco,  atirando-o sobre a mesa.

Está aflito,  enraivecido  até com o mundo e sentindo-se vencido por um mal tão diabólico,  esse que está  consumindo a vida de Scully.

 

Cena 5        

Enquanto Scully está sendo examinada nos  aparelhos do hospital,  seus pensamentos concentram-se nas linhas do seu diário e em Mulder:

 

" Na escola de Medicina aprendi que o câncer vem sem se anunciar.  É um virus estranho,  transformando seu novo lar num inimigo.  Essa unidade do câncer começa com um mundo azul e que logo se

torna uma coisa só,  forçando você a destrui-la,  só que corre o risco de se destruir também.  É a possessão demoníaca da ciência e o meu tratamento é a tentativa científica do exorcismo.

Mulder,  espero que nestes termos eu possa conhecê-lo  como eu o conhecia e aceitar o ser estranho que tantos conhecem e que são incapazes de expulsar e ,  se as trevas estiverem me engolindo

quando ler isto,  jamais deverá pensar que existia a possibilidade de uma intervenção secreta,  alguma coisa que você pudesse fazer.  E embora a gente tenha viajado juntos até tão longe,  esta última

viagem é preciso percorre-la sozinha."

 

Cena 6  

Scully está escrevendo no seu diário,  na cama do hospital.

 

"Não tenho escrito para você nas últimas horas,  porque o tratamento enfraqueceu o meu espírito.

Mulder,  é dificil descrever um inimigo que não conseguirei derrotar.  Sabe,  estou me vendo daqui a um mês ou a um ano e rezo para ter coragem de encarar  esta jornada.

Mulder,  eu sinto você perto,  embora saiba que está seguindo sua vida.  Por isso,  sem ter palavras  para me expressar,   preciso saber que estará por perto se eu conseguir escapar desta."

 

Cena 7 

São 5:10 da manhã.

Mulder aguarda sentado no corredor do hospital,  angustiado,  com a cabeça entre as mãos.

Scully sai do quarto da mulher que havia morrido com o mesmo mal que ela também está sofrendo.  Scully chora.

Mulder aproxima-se e diz que leu o que ela escrevera no diário.

 

Ela abaixa a cabeça e chorando diz:

"- Eu não queria que lesse!  Tinha  decidido jogar fora.  E esta morte me fez ver que não vou deixar que a doença me vença...!  Entrei neste hospital ainda trabalhando e é assim que vou sair."

 

Mulder assente,  tristonho,  fitando-a com carinho e compreendendo o seu drama interior.

Após conversar outros casos sobre a doença dela,  ele explica:

"- Scully,  existe um meio e você irá achá-lo e se salvar.

 

"- Mulder,  eu não posso me iludir...!  -  chora  -   Tem gente que vive com câncer e vai em frente!  Eu também tenho coisas pra terminar e provar pra mim mesma,  pra minha família,  por minhas razões!"

 

Mulder dirige-lhe um belo sorriso e carinhoso fala:

"- Bem-vinda de volta!"

 

Abraçam-se com infinita ternura,  enquanto ela chora,  recostada ao peito dele.

 

"- A verdade te salvará,  Scully.  Creio que salvará a nós dois!"

Ele beija-lhe os cabelos e a testa,  enquanto afaga-lhe os cabelos com as duas mãos, com muito carinho e amor.

Depois disso ela afasta-se e segue pelo corredor do hospital.

 

Nota: Emocione-se com o GIF

 

X Gossip    

Sabe-se,  com certeza,  [pois até os vídeos e fotos existem aí para comprovar!] que houve um beijo nesta cena,  porem foi cortada pelos produtores.

Foi um beijo singelo,  mas com certeza molhado,  como o David gosta de comentar.

Fala-se que David  achou por bem beijar a Gillian nos lábios,  pois a cena era muito terna para ficar só num beijinho na testa. [iupiiiiii!!]

E é sabido que a Gillian e o David não conseguem desviar os olhos um do outro, enquanto filmam.Em alguns casos eles se beijam nos lábios,  pescoço e, assim, sucessivamente.