O FIM

(THE END)

Roteiro:  Chris Carter

Diretor:  R. W. Goodwin

5x20

Exibição USA:  17/05/98

No Brasil: 10/06/98

 

 

 

 

 

 

RESUMO:

Um membro da Agência Nacional de Segurança mata um russo  jogador de xadrez,  durante uma partida contra um garoto com  capacidade de ler os pensamentos das pessoas.

No Canadá, nas montanhas de Quebec,  o Canceroso é perseguido e   capturado por Krycek.

Durante a observação da fita do crime,  Mulder tenta provar sua teoria    de que o alvo do atirador era o adversário do russo,  o garoto Gibson   Praise.

Inicialmente,  a única pessoa que se mostrou disposta a acreditar na  teoria dele foi a agente Diana Fowley.

Depois de realizar testes neurológicos em Gibson,  Scully leva os resultados para serem analisados pelos Pistoleiros Solitários.

Através destes,  ela fica sabendo que Diana foi namorada do agente Mulder quando eles estava na academia e que ela  o havia  ajudado a  abrir o Arquivo-X.

Depois que a agente Fowley leva um tiro,  o garoto é sequestrado  pelo Canceroso,  que o entrega ao Homem das Unhas Bem Feitas e  Krycek.

De volta ao prédio do FBI,  o Canceroso põe fogo na sala do Arquivo-X e diz para o agente Spender que ele é o seu pai. 

 

 

Cena 1 

O garoto Gibson,  ao conversar com Mulder,  diz que ele está pensando numa das moças.  E Mulder está acompanhado de Scully e a agente Diana Fowley.

Scully,  ao ouvir a frase do garoto,  lança um olhar duvidoso para ele.  O seu ceticismo não a deixa acreditar que o menino possa ler as mentes das pessoas.

 

O menino torna a falar:

"- E uma delas pensa em você." -  ele diz para Mulder.

 

Diana pergunta:

"- Qual delas?"

 

O garoto responde:

"- Ele não quer que diga."

 

Mulder dá um sorriso,  somente,  admirando a capacidade que o menino tem de poder ler seus pensamentos.

 

Cena 2 

Quando Mulder diz o que necessita ser feito cientificamente com Gibson sobre seu poder de ler mentes das pessoas,  dirige-se para Diana:

"- Você sabe o que fazer,  Diana!"

 

Scully sente-se um pouco melindrada,  vendo a intimidade de como Mulder trata Diana e pergunta a ela,  quando Mulder se afasta:

"- Então vocês já se conhecem?"

 

"- Foi há muito tempo!" -  responde Diana.

 

Scully fica parada no mesmo lugar,  observando a outra afastar-se.

Sente dentro de si um sentimento desanimador,  de perda.

 

Cena 3  

Scully sai da sala do hospital psiquiátrico,  segurando a mão de Gibson.

"- Como está?" -  pergunta ao menino.

 

"- Não gostei dos testes.  -  diz ele  -  Não gostei de ficar na máquina!"

 

"- Assusta um pouco." -  explica Scully.

 

"- Quer saber,  não é?" -  ele indaga,  observando o semblante triste dela.

 

"- Sobre o que?  Você?"  -  ela retruca.

 

"- Sobre a outra moça..."

 

Scully pára de conversar e olha Diana,  que está mais adiante,  junto a uma porta.

 

"- Ela também quer saber de você." -  o menino avisa  a Scully.

 

Cena 4 

Scully sente-se terrivelmente incomodada,  quando Diana conta que ela e o Agente Mulder haviam trabalhado juntos num hospital psiquiátrico.

Sente-se como se estivesse sendo descartada da amizade de seu parceiro.

 

Cena 5 

Scully vai pedir ajuda aos Pistoleiros sobre o caso parapsicológico de Gibson.

Está triste,  chateada,  nervosa.

Antes,  porem  de tratar do assunto a que foi resolver com eles,  dirige-se para Langly,  falando:

 

"- Primeiro vão me dizer quem é Diana Fowley."

 

"- Faz tempo não ouço falar nesse nome!" -  comenta Byers.

 

"- Vocês a conhecem?" -  pergunta Scully.

 

"- Bem... sim." -  responde Byers.

 

"- Ela disse que trabalhou com ele." -  continua Scully.

 

"- Foi quando ele descobriu os Arquivos-X.  Ela tinha experiência paranormal.  Mas foi designada para trabalhar em Berlim." -  fala Byers.

 

"- Sempre quis saber porque se separaram!" -  comenta Frohike.

 

Scully ouve tudo sob tensão.  Fica sem saber o que dizer a seguir.

Um terrivel desânimo e tristeza abatem-se sobre ela,  entristecendo-lhe o semblante.

 

Cena 6   

Diana conversa com Mulder e insinua que ele poderia trabalhar junto a alguém que pensasse como ele e não fosse contra suas idéias.  Sutilmente,  ela refere-se a Scully.

Mulder,  porem,  retruca numa frase decidida:

"- Mas eu me dei muito bem sem você!"

 

Diana nada responde.  Pára e segura na mão dele.

 

"- Estou do seu lado,  Fox." -  diz,  apenas.

 

Scully,  neste exato momento,  vem chegando e,  sem querer,  vê os dois de mãos dadas.

Ela passa adiante,  sem entrar pela porta que está aberta,  e através da qual ela havia avistado os dois.  Caminha mais à frente.  Pára.  Retorna em passos lentos e passa

novamente pela mesmo porta aberta,  sem olhar mais para os dois lá dentro,  ainda de mãos dadas.

Scully sai e dirige-se ao seu carro.  Senta-se pensativa e sofrida.  Triste.  Dá um longo suspiro.  Liga o celular.  Suspira,  profundamente,  enquanto Mulder não atende a sua

chamada.

"- Mulder,  sou eu."

 

"- Onde está?" -  ele quer saber.

 

"- Estou indo para o trabalho.  Tenho algo pra você ver."

 

"- Estou aqui na psiquiatria,  com o Gibson.  Por que não vem pra cá?"

 

"- Se não se importa,  prefiro mostrar no trabalho." -  ela diz.

 

"- Certo.  O que é?"

 

"- Você ficará surpreso.  -  solta um longo suspiro  -  Muito surpreso!"

Desliga o telefone.

Em seguida liga o carro.  Engole em seco.  Seu semblante denota,  além de tristeza,  muita mágoa.

 

Cena 7  

Scully conversa com Gibson.

O menino explica-lhe que sabe os pensamentos das pessoas,  mas que isso o incomoda,  por causa das pessoas,  que dizem uma coisa e pensam outra.

 

"- E o que as pessoas fazem?" -  quer saber Scully.

 

"- Preocupam-se com o que os outros fazem e os outros se preocupam com a mesmo coisa.  Isso me faz rir."

"- Por que?"

 

"- Criam coisas pra acreditar,  mas é tudo invenção.  Alguns tentam ser bons...  e alguns não ligam...  como você."

 

"- Acha que não ligo?"

 

"- Não liga para oque os outros pensam... exceto ela.  A outra." -  o garoto conclui.

 

A outra a que ele refere-se é Diana Fowley.

Scully o fita com meiguice e compreensão,  sabendo que ele diz a verdade.

 

Cena 8 

Scully e Mulder estão no apartamento.

Ela fala ao telefone com Skinner,  enquanto ele mantém-se recostado à poltrona,  cabeça jogada para trás,  de olhos fechados.

O clima é de paz,  quietude,  no ambiente.

Mas logo há uma profunda tensão entre os dois,  após Scully sair do telefone,  pois conta-lhe que o estão perseguindo.  E acrescenta:

 

"- Há um boato sobre transferência." -  ela informa.

 

Ele a olha:

"- De quem?" -  pergunta.

 

"- Nós dois."

 

Mulder fecha os olhos,  mostrando abatimento.

 

"- O boato inclui ordem da Procuradoria pra encerrar os Arquivos-X." - conta Scully.

 

"- Foi tudo planejado!  Cada movimento!  Apenas eu não percebi!" -  queixa-se ele com mágoa.

 

"- Seja no que fôr que acredite,  desta vez podem ganhar." -  completa Scully.

 

Os dois permanecem em silêncio e abatidos.

 

Cena 9  

Mulder e Scully estão diante de todo o material de seu escritório destruido pelo fogo.

Fim dos Arquivos-X.

Scully segura os braços de Mulder,  compartilhando de seu sofrimento.

Encosta a cabeça em seu peito,  triste,  enquanto ele mantém-se com os braços jogados ao longo do corpo e o olhar perdido no ambiente negro de cinzas.

As cinzas de todo o seu trabalho e de seus ideais.