POR DENTRO (WITHIN) Roteiro: Chris Carter Diretor: Kim Manners 8x01 Exibição USA: 05/11/00 No Brasil: 07/03/01

RESUMO:

O episódio inicia-se exatamente um dia após a abdução de Mulder. Scully retorna

ao trabalho para descobrir que uma força-tarefa foi criada para apurar o desaparecimento

de seu parceiro e que precisa trabalhar com o agente designado para

comandar o grupo: John Doggett.

Cena 1

O ruído do pulsar de um coração. Órgãos que tremulam dentro de um corpo. Sangue.

Repentinamente, a imagem de Mulder, atormentado. Um tubo é arrancado

abruptamente de sua boca e ele, praticamente, agoniza .

Scully desperta, assustada, sentando-se na cama. Deita-se, a seguir, meditativa,

pensando na cena que vira em seu pesadelo.

Cena 2

Scully está diante do espelho. Seu rosto entristecido, nele refletido, mostra uma

imensa angústia. Ela abotoa a blusa, lentamente.

Seus pensamentos estão longe. Em Mulder.

Cena 3

Scully senta-se, aguardando a chamada para a audiência na Diretoria do FBI.

A seu lado está um agente para ela desconhecido.

Ele oferece-lhe água num copo descartável.

Ela aceita, agradecendo.

O homem pergunta:

“- Você não é a parceira dele? Do Mulder?”

“- Por que querem interroga-lo?” - ela quer saber.

“- Eu...? Porque eu conhecia um pouco o Mulder...”

Conversam um pouco e entre outras coisas, o agente lhe diz:

“- Duvido que nós possamos conhecer inteiramente todos os colegas. Não depois

do serviço. Suas vidas reais, namoradas, os assuntos que são mais pessoais...”

“ – Eu conheço o Mulder, tanto quanto qualquer um.”

“- É... provavelmente. Eu sempre ouvi os boatos com desconfiança.”

“- Que boatos?”

“- Você sabe. Eu diria que eles tem todo o perfil do caráter dele. Desde o

começo ele não confiava em você e achava você ambiciosa.”

“- De onde tirou isso?”

“- Há mulheres aqui no Bureau para as quais ele falou isso, não sei se você sabe.”

“Não. Quando foi?” - ela faz as indagações denotando frieza.

“- Não sei. São apenas fofocas.“

Há uma longa pausa na conversa.

O agente reinicia, perguntando:

“- O que acha que aconteceu com o Mulder? Qual é a sua teoria?”

“- A minha teoria é que você não conhece nada do Mulder. Jamais conheceu.

– ela replica, leva a mão até a lapela do homem, desvirando-lhe o crachá

que estava preso em seu paletó e lê em voz alta - John Doggett – Chefe

da Força Tarefa do Kerch! Devia ter-se apresentado a mim!”

“- Mas eu ia chegar lá!” – ele fala, irônico.

Scully, inopinadamente, levanta-se e joga a água do copo no rosto do agente.

“- Prazer em conhece-lo, Agente Doggett.”

Sai do recinto, batendo a porta com força.

Cena 4

Scully está no apartamento de Mulder. Toma o telefone e liga para sua mãe.

A ligação cai na secretária eletrônica.

“- Mãe, é Dana. Desculpe não ter ligado antes. Estou ocupada com muitas coisas.

Quero dizer-lhe algo... – começa a chorar - preciso muito vê-la, falar com você...

tem muitas coisas me incomodando... queria falar com você... mamãe...?”

Ele percebe que alguém está na casa e larga o aparelho.

Cena 5

Desanimada, pensativa, Scully vai até o quarto.

Uma camisa de Mulder está sobre a cama.

Scully deita-se e, segurando a peça de roupa entre as mãos e encostando-a em seu

corpo, adormece.

Cena 6

Scully, no escritório, com a mão à boca, atônita e angustiada, olha para uma placa

da lápide de túmulo, que um agente havia trazido numa caixa e colocado em seu

escritório e que agora está diante de seus olhos:

FOX MULDER

1961 - 2000

Nota:

Nossa! Se nos fosse possível fazer algo para amenizar tanto sofrimento, podem crer

que eu faria!