ESSÊNCIA - PARTE 1 (ESSENCE) Roteiro: Chris Carter & Frank Sponitz Diretor: Kim Manners 8x20 Exibição: 13.05.01 No Brasil: 04.09.01 |
AVISO DA WAN - AGORA, A PARTIR DE 2013, AS CENAS SÃO BASEADAS NOS OLHARES ENTRE... MULDER E SCULLY
RESUMO:
As evidências de
experimentos feitos com bebês alienígenas estão sendo destruídas por
Billy Miles e
Scully torna-se alvo do alienígena.
Mulder, Doggett e Skinner procuram um meio de colocar Scully em
segurança e são
obrigados a
confiar em Alex Krycek para ajuda-los nessa tarefa,
já que ele parece
saber tudo a
respeito da nova espécie de alienígenas.
Cena 1
Uma visão de
espermatozoides fertilizando um óvulo.
Células se
multiplicando.
O feto que se
move dentro do líquido amniótico.
E a voz de Mulder
narrando:
"Chamamos
de milagre da vida. Concepção, a união perfeita dos opostos. Essência que
se transforma em
existência. Sem isso a humanidade não existiria e a humanidade pára
de existir. Ou
seria isso só a nostalgia? Um ato da biologia usado pela ciência e a
tecnologia?
Como Deus extraimos, implantamos, inseminamos... e clonamos.
Nossa
ingenuidade transformou o milagre num simples truque? No ardil da réplica da
vida
podemos virar
criadores? Mas e a alma? Ela também pode ser replicada? Ela vive
nessa matéria
que chamamos DNA? Ou sua existência é o oposto do ardil... que só Deus
pode criar?
Como esta
criança veio a existir? O que faz seu coração bater? É produto de uma união...
ou o trabalho de
uma mão divina? Uma prece atendida? Um verdadeiro milagre? Ou
uma maravilha da
tecnologia... com a intervenção de outras mãos?
O que digo a
esta criança sobre o seu nascimento? O que digo a Scully? O que digo a
mim mesmo?"
Cena 2
Maggie está
atarefada, andando para lá e para cá, arrumando os balões coloridos presos
em fitas para a
festa do chá de bebê da Scully. Fala com a filha:
"- Seria
mais fácil para todos... se nos contasse o sexo, Dana."
Continua seu
trabalho, mas não ouve a resposta da filha. Insiste, então:
"- Você me
ouviu?"
"- Sim,
ouvi mãe!" - a voz de Scully vem lá de dentro.
Ela aparece na
sala.
"- Pela
milésima vez, mãe, você pode esperar. Não teve que esperar por nós?"-
refere-se
ela aos irmãos.
"- Sei que
é um menino pelo jeito da barriga. É um menino." - assegura Maggie.
"- Viu? Não
preciso dizer, porque você já sabe!" - está lavando algo na pia da
cozinha.
"- Então é
um menino!? - aproxima-se sorridente da filha - É o mínimo que pode me
contar, já que
guarda segredo do resto!"
Cena 3
Quando Scully
está abrindo os presentes recebidos no chá de bebê, retira de uma
caixa um par de
bonecos. Um em roupa rosa outro em roupa azul.
"- Só pode
ser uma conspiração! " - fala Scully, levantando os bonecos à
vista de suas
amigas convidadas.
"- Ooooooh!!" - uma admiração geral das amigas presentes
na festa.
"- Talvez
sejam gêmos!" - diz uma delas.
"-
Obrigada. Mas prefiro só um menino bem saudável." - retruca Scully.
"- Ou
menina!" - comenta outra amiga.
"- Quantos
segredos, Margareth!" - fala mais outra convidada.
"- O que
esperava? Minha filha trabalha no FBI." - explica Maggie.
Cena 4
Mulder está
sentado, enquanto Scully faz um curativo no ferimento de sua testa.
"- Fique
quieto, Mulder. É bom não se mexer." - ela passa um algodão com
medicamento no
ferimento.
"- Aaah! - geme ele e faz uma careta - Scully..."
"-
Desculpe." - ela fala, sem parar o que está fazendo.
"- Sei
porque desistiu da medicina e foi para o FBI. Tem "manos de piedra"! "
Diante dessas
palavras Scully molha o chumaço de algodão no medicamento,
encosta-o na
boca de Mulder, que novamente faz careta e passa o dorso da mão nos lábios.
"-
Desculpe." - ela diz, novamente, continuando a fazer o curativo, sem dar
atenção às
queixas dele.
Cena 5
Scully está
abotoando a blusa, pois havia retirado a roupa para fazer exames.
A médica
aproxima-se dela e fala:
"- Não se
preocupe, Dana. Seu bebê está bem. Está tudo como deveria. Cem por cento
certo!"
Neste instante
chegam Maggie e Mulder, que aguardam um pouco distante para falar com Scully.
"- Os
comprimidos eram suplementos vitamínicos. - continua a médica - Sem nenhum
problema. Nada
perigoso para dar a uma grávida. - segura-lhe um ombro, amigavelmente –
Sei que não faz
sentido, mas é um alívio. Sei disso."
Após estas
palavras a médica retira-se.
Maggie
aproxima-se da filha. Tem os braços cruzados, apertando o próprio corpo.
"- Sinto
muito, Dana! - abraça a filha - Levei Lizzy para sua
casa. É tudo minha culpa!"
- afasta-se para
olhar a barriga da filha, chorando - Jamais deixaria que algo acontecesse
a você. Jamais
deixaria que alguém a machucasse! "
"- Eu sei,
mãe." - diz Scully, com a cabeça baixa.
"- Estou
tão preocupada...! Você sempre esconde tudo!" - queixa-se Maggie.
Scully levanta o
olhar para a mãe e, lentamente o leva na direção de Mulder, que a está
fitando e segura
o seu olhar.
Nota
Ela nem precisa
falar nada. O olhar diz tudo! A mãe que adivinhe! Yeaaaahh!!!
Cena 6
Scully está
recostada no sofá. Ouve baterem à porta.
"-
Sim?"
"- Sou
eu!"- ouve a voz de Mulder do lado de fora.
Ela levanta-se,
pesadamente, devido à sua gravidez e abre a porta.
Mulder entra
apressadamente.
"- O que
foi?"
"- Está
sozinha?"
"- Sim,
minha mãe foi até..."
"- Não
importa. Arrume as coisas."
"- Mulder,
para onde vamos? Não...! Pare! Qual é o problema? Tem algo a ver com o
meu bebê?"
"- Não, seu
bebê está bem. É você quem corre perigo, Scully!" - avisa.
"- De quem,
Mulder? Do que?"
"- Não
tenho certeza. Só sei que vou tirá-la daqui!"
"- Escute,
Mulder... não aguento mais isto! Não posso viver assim! Sou alvo de
um Arquivo-X sem
solução!" - ela reclama, angustiada.
"- Não é
sobre os Arquivos X. Isto tem a ver só com você!"
Fitam-se,
intensamente.
"-Você vai
ter esse bebê. - ela afirma categórico - E farei tudo que puder para
protegê-lo.
Mas não posso
fazer isso aqui."
Preparam-se os
dois para deixar o apartamento.
Nota
Que loucura! Que
vida atribulada a desses dois!