EXISTÊNCIA – PARTE 2

(EXISTENCE)

Roteiro: Chris Carter & Frank Sponitz

Diretor: Kim  Mannersb

8x21

Exibição: 20.05.01

 No Brasil: 11.09.01

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO

Monica Reyes leva Scully para um lugar que só ela e Doggett  conhecem a localização.

Billy Miles continua vivo a despeito de todas as tentativas de eliminá- lo.

Doggett, Skinner e Mulder lutam para sobreviver aos alienígenas,  que  querem, a todo custo, o bebê de Scully.

 

Cena 1

Ameaçada por ter sua vida em perigo, pois os alienígenas querem matar o seu bebê, Scully é levada por Monica Reyes para uma cidade longínqua.

Chegam, depois de vários horas rodando estradas, a uma cidade abandonada, pois Doggett havia ensinado a Agente Reyes sua localização.

A casa é encontrada muito suja, naturalmente.

Monica faz o possível para deixa-la  limpa, em ponto de abrigar uma parturiente, como está Dana Scully.

 

Cena 2

Horas depois, após uma faxina na casa, Monica chama Scully para entrar nela.

 

"- Minha nossa! - exclama Scully - Veja só!" - olha ao redor, admirada com a limpeza e arrumação feita pela colega.

Scully passeia pelo ambiente. Senta numa cama improvisada, que contém lençóis dobrados sobre ela.

 

"- Achei os lençóis num armário lá em cima..." -  começa a dizer Monica.

 

Scully acomoda-se na cama, sentando pesada e vagarosamente devido a seu adiantado estado de gravidez.

 

"- ... uma bacia de porcelana e uma caixa de velas." - continua Monica.

"- Temos fósforo?"

 

Monica sorri:

"- Tenho isqueiro."

 

"- Agora só falta uma música."- sugere Scully.

 

"- Que tal a "Canção das Baleias"?

 

"- Canção das Baleias?"

 

"- Há gravações de baleias - prossegue -  falando umas com as outras"

Ela faz um ruído, imitando o canto das baleias.

"- Sei lá, parece ser quase metafísico...!"

 

Riem ambas, com a explicação de Monica.

 

Monica vê que Scully a olha, fixamente, com um ar admirado.

"- Você me olha como se... sei lá, devo parecer uma boba...!"

 

"- Não, não é isso... você me lembra alguém de quem eu era muito íntima...minha irmã."

 

"- E não é mais íntima dela?"

 

Scully suspira:

"- Ahn... ela foi assassinada há cinco anos... na minha casa."

 

Ambas calam-se.

 

"- Foï uma época terrível" - completa Scully.

 

Monica preocupa-se um pouco, vendo a colega tão tristonha.

 

"- Está tudo bem. -  diz Scully - Quero lhe agradecer... agradecer por ter arrumado tudo isto... ahn... não é o que eu planejei... mas está muito bom."

 

Cena 3

Scully passa um pano molhado no rosto abatido, tendo aliviar a tensão.

Velas estão acesas para quebrar o ambiente escuro da casa.

Monica lhe traz mais água fria num balde e despeja na bacia.

 

"- Obrigada." -  agradece Scully.

 

Monica a olha, condoida pelo seu estado e vendo a paciência  e garra com que Scully enfrenta a situação.

"- Quero dizer... que apesar de tudo que deve estar sentindo, você está muito bonita, Dana."

 

Scully está triste, abatida, cansada, sofredora.

"- E você o que está sentindo? - pergunta à colega - Alguma vibração, Agente Reyes?"

 

"- Não sei." - responde, evasivamente.

 

"- O que foi?" - nota a outra inquieta.

 

Monica veste o casaco, para ir lá fora.

"- Não sei se estou ficando paranóica, mas sinto algo estranho... - faz uma pausa - ... precisamos de mais água." - sai para ir buscá-la.

 

Scully permanece sentada como está, quieta, pensativa e também preocupada.

 

Cena 4

Monica descobre que a mulher que a está ajudando no parto de Scully é uma alienígena, pois vira o implante em  sua nuca no momento em que ela havia se abaixado para apanhar água.

Monica olha para o balde de água fervendo sobre o fogo. E prepara-se para atira-lo na mulher. E o faz imediatamente.

 

Neste momento Scully grita por Monica.

"- Agente Reyes!!"- ela está nas fortes dores do parto, deitada na cama, sentindo as contrações, e, vendo que Monica está às voltas com os alienígenas que estavam ao redor da casa, grita, afobada:

"- O que foi?"

 

" - Tudo bem, Dana. Vai tudo dar certo." - Monica tenta acalma-la.

 

Scully, apavorada,  vê entrarem os sinistros  homens e mulheres dentro da casa, tendo à frente Bill Milles.

"- É o meu bebê!! -  ela grita, angustiada e com medo,  numa tentativa de afasta-los do local.

 

"- Tem que fazer força! - fala Monica, ajudando-a no parto."

 

Scully faz força e ao mesmo tempo grita:

"- Por favor, não deixe que levem meu bebê!"

 

"- Vamos, Dana, força!!" - insiste Monica, tentando não se apavorar.

 

Scully grita e chora:

"- Por favor, não deixe isso acontecer!"

 

"- Força, Dana!!"

 

"- Ele é meu!" - grita, ainda, Scully, para que aqueles seres  em seu redor se convençam.

 

"- Mais força! Vamos, Dana!" - continua Monica.

 

Scully faz mais força, sempre olhando apavorada para as pessoas mudas e sinistras à sua volta, que fixam seu frio olhar nela.

 

"- Continue respirando, Dana!"

 

"- Não deixe que levem o meu bebê!" -  volta a implorar, chorando.

 

"- Força! Faça força, Dana!!" - grita mais a Agente.

Então, neste momento, ela sorri entre a tensão, o alívio  e o apavoramento da situação, vendo, enfim, nascer a criança.

 

O bebê chora.

Os homens e mulheres que estão ali, frias e mudas ao redor de Scully, ficam parados, imóveis. Apenas olham.

 

Cena 5

Mulder, num helicóptero, pede que o piloto faça pousar o aparelho no local que ele está avistando do alto: uma casa rodeada por vários carros. É onde está Scully e a Agente Reyes.

Ele desce correndo do helicóptero.

"- Scully!! - ele grita - Scully!!

Vendo os carros que se afastam com pessoas dentro deles, continua gritando para as tais pessoas.

"- Onde ela está?"

Ele sai procurando doidamente entre um e outro carro, que continuam se afastando do local.

"- Onde ela está? Scully!!"

"- Onde ela está? - pergunta a uma pessoa.

"- Fale onde ela está!" - pede a outro, também se afastando com o carro.

 

Ninguém responde às perguntas ansiosas de Mulder.

 

A Agente Reyes, ouvindo alguém chamar por Scully sai de dentro da casa e vê Mulder.

"- Mulder!" - ela o chama.

 

Ele a vê e vai correndo em sua direção.

"- Como ela está?"

 

"- Está lá dentro. Ela precisa ir para o hospital!"- pede, agitada.

 

Cena  6

A porta do apartamento se abre. É Mulder que entra.  

Aproxima-se da porta do quarto e vê os Três Pistoleiros lá dentro, falando com Scully.

 

"- Descanse."- diz Frohike para Scully, já se afastando.

 

Os três rapazes saem de dentro do quarto.

"- Não ouvimos você entrar." -  fala Frohike para Mulder.

 

"- Trouxemos presentes." - explica Langly.

 

"- Nós só queríamos..."- inicia Byers.

 

"- Ver com seus próprios olhos."-  conclui Mulder, sorrindo.

 

"- É incrível, não? -  comenta Frohike - Chegou a tempo de salvar Scully e leva-la ao hospital!"

 

"- Mas não sabemos como fez isso. -  diz  Byers - Falamos com o Agente Doggett. Não encontraram vocês através das coordenadas."

Mulder sorri, sutilmente:

"- Havia uma luz no céu e eu a segui."  - conta ele.

 

"- Já temos nossa manchete para o jornal."- afirma Frohike, satisfeito com a notícia.

 

Os Três Pistoleiros deixam o apartamento.

 

Mulder pára, pensativo em como havia tudo dado certo para ele e Scully.

Entra no quarto.

"- Como vocês estão indo?"-  pergunta à Scully, que está sentada na cama, com o bebê nos braços.

 

Ele sorri e aproxima-se dela.

 

Scully levanta-se e vai até ele.

"- Estamos muito bem."-  diz, olhando o seu filhinho nos braços e sorrindo depois para Mulder.

 

Ele fita, amorosamente, a criança.

"- Olá..." - levanta a ponta da manta que cobre o rosto da criança para ver-lhe o rosto.

 

O bebê choraminga um pouco.

Scully o coloca nos braços de Mulder.

O nenê dá outro chorinho. Mexe com as pequeninas mãos sobre o peito.

 

Mulder embala-o, docemente.

"- Que nome vai dar a ele?"

 

"- William... em homenagem ao seu pai."  - ela responde.

 

Mulder a fita. Ela também o olha. Sorriem ambos.

 

"- Não sei... ele tem a sua cor de pele, os seus olhos e... parece um pouco com o Diretor Assistente Skinner." - brinca, com alusão à cabeça desprovida de cabelos de seu filhinho.

 

Riem os dois pela brincadeira.

 

Scully, sutilmente, movimenta a cabeça, pensativa e negativamente, querendo compreender algo.

"- Não entendo, Mulder... eles foram lá para tirá-lo de nós. Por que não o tiraram?"

 

"- Também não entendi. Talvez ele não fosse o que eles esperavam... mas não quer dizer que ele não seja um milagre."

 

"- Desde que engravidei... tinha medo da verdade... de saber como ... e porque. Sei que você também tinha medo."

 

"- Tínhamos medo das possibilidades." - afirma Mulder, que deixa de olhar o bebê e a fita intensamente - A verdade que nós dois sabemos."

 

"- E qual é?"

 

Mulder aproxima os lábios dos de Scully e beijam-se, t Nota:

Talvez seria o certo somente eu narrar a última cena deste episódio, mas as situações de angústia vividas por Dana Scully me fez dar-lhes  o maior valor e coloca-las aqui,

passo a passo, mostrando tudo o que sofreu esse casal  maravilhoso que nos dá tantas sensações.

Falar sobre a shipperia desta última cena, precisa??

 

X Gossip:

Após a cena final deste episódio, vejam o comentário de David Duchovny:

" O  momento do grande beijo foi a culminação  de anos de atração para os personagens. Muito emocional. Mexeu comigo. Com todos nós. Eu só queria me manter filmando

aquela cena, mas tinha que acabar." - entrevista no Jornal New York Times.

Ele quis dizer que no script não estava o beijo, mas que trocaram pela emoção da cena que estavam filmando.

Os dois choraram neste final emocionante... terna e amorosamente.