PROVIDÊNCIA

(PROVIDENCE)

Roteiro: Chris Carter & Frank Spotnitz

Direção Chris Carter

9x11

Exibição USA: 10/03/02

No Brasil: 21/05/02

 

 

RESUMO:

Enquanto Scully procura, desesperadamente, seu filho, membros da seita preparam-se

para entrar na espaçonave, que eles acreditam ser o local da                     manifestação

física de Deus.

 

 

Cena 1

O Diretor Assistente Follmer está mostrando em slides uma foto de William, sorridente.   

Follmer está falando:

"- Hoje, às dezenove horas, num beco de Washington, um veículo que levava o filho da

Agente Scully foi obrigado a parar por uma mulher armada, que sequestrou o bebê, apontando

sua arma.

No veículo havia rês homens chamados pela Agente Sculluy para proteger a criança."

[Os três homens são Langly, Byers e Frohike].

 

Os Três Pistoleiros estão assistindo essa reunião com a Diretoria e Agentes do FBI.

Estão lhes  sendo mostradas, agora, fotos de mulheres, para que façam o

reconhecimento da sequestradora.  Os três homens estão atentos.

 

O Diretor Follmer continua falando:

"- John Doggett foi ferido pela mesma mulher, quando tentou parar seu veículo.

O Agente Doggett permanece em coma... e está sendo monitorado no Hospital St. Mary".

 

Scully está de pé, junto à parede, braços cruzados, rosto angustiado.

 

Continua falando o Diretor Follmer:

"- O sequestro seguiu-se a um ataque contra o filho de Scully... efetuado pelo Agente

do FBI Robert Comer. Ele está em condições críticas no mesmo hospital."

A tela mostra a foto do agente citado.

 

Prossegue o Diretor Follmer:

"- Os motivos desse homem e da sequestradora ainda são desconhecidos."

 

Scully retira-se da sala, neste momento.

 

Follmer está, ainda, a falar:

"- Devemos enfatizar que o FBI não acredita em um retorno seguro para o filho da Agente

Scully.

 

Cena 2

Skinner sai da sala e, no corredor, encontra Scully, que está caminhando para ir embora.

"- Agente Scully!" - ele chama.

 

Dana pára e volta-se para  Skinner.

 

Ele  se aproxima.

"- O que está fazendo? - pergunta - Avisei que não precisava vir."

 

"- Queria ver por mim mesma."

 

"- Vá para casa."

 

"- Pra quê?" - pergunta, num tom sofrido.

 

"- Não precisa passar por tudo isto, Dana... fizemos barreiras e todos os agentes estão

arás do seu filho."

 

"- E o Diretor Follmer está cuidando do caso." - ela usa um ar sarcástico.

 

"- O Diretor Adjunto Kersh o designou. Você viu. Ele sabe comandar uma força-tarefa."

 

"- Vi um homem que nega informação para Kersh... um homem que duas vezes... fracassou

em evitar um ataque contra meu filho. Viu alguma força-tarefa lá? - fala num

sussurro - Eu vi subterfúgios lá."

 

"- Sei que está arrasada... mas não pode acusar Follmer ou Kersh de participarem disso."

"- O que é preciso para você acreditar? - exalta-se - Quantos precisam sumir para você

abrir os olhos? - ela está quase chorando de angústia - Meu filho, o Agente Doggett... Mulder."

 

"- Kersh a protegeu, não contando da morte de Mulder... assim como Follmer e eu."

 

"- Chama isso de proteção? - olha-o, com seu semblante amargurado -  Eu chamo isso

de esforço sistemático do FBI para nos eliminar!"

 

"- Se acusar alguém do FBI, estará me acusando também." -  protesta ele.

 

Dana o fita, apenas. Afasta-se dele e vai saindo.

 

"- Scully, onde vai?" - ainda a chama.

 

Ela continua a caminhar, mas responde:

"- Achar meu filho."

 

Cena 3

Scully consegue, contando com a ajuda da Agente Reyes, e com o pedaço do artefato

alienígena, fazer com que o quase assassino de seu filho recobre a consciência e então

indaga, com o rosto bem próximo ao dele:

"- Responda  quem mandou matar meu filho.  Ou usarei seu travesseiro e abafarei seu

último suspiro!"  - ameaça ela.

 

O homem engole com dificuldade a saliva,  pois estivera com os tubos dentro de sua garganta

e pestaneja, nervosamente.

"- Seu filho precisa morrer."

 

Dana o agarra pelo pescoço, apertando-lhe o pomo de Adão.

 

O homem entra em pânico; sente-se indefeso, preso à cama.

"- Não é o que pensa! Por favor...!

 

Ela continua apertando a garganta do homem.

 

Ele, amedrontado, continua:

"- O FBI me mandou, disfarçado, procurar um tal de Josepho... para me infiltrar no

grupo dele, que acredita que uma raça alienígena dominará o mundo. Um dia Deus

mandou Josepho seguir  um mil e seiscentos quilômetros ao norte...para achar uma nave

enterrada no solo."

 

Scully retira os dedos da garganta do homem, para escutar a impressionante narrativa.

 

"- Você está com um pedaço da nave em suas mãos... Josepho acredita que a nave é

um templo... que abriga a manifestação física de Deus."

 

Scully e Reyes o ouvem, boquiabertas.

 

"- Quer dizer que Deus mandou você matar meu filho?" - pergunta Scully.

 

"- Josepho disse que Deus falou sobre uma criança milagrosa... um futuro salvador,

cobiçada por forças do bem e do mal. Josepho acredita que seu filho é essa criança."

 

"- E por que ele quer matá-lo?"

 

"- Não, ele quer protegê-lo. Josepho acha que seu filho seguirá os passos do pai... e tentará

impedir a volta dos alienígenas. A menos que seu pai morra. Essa é a profecia!"

 

Monica interfere, falando:

"- Veio matar o filho dela contra esse homem e seu culto, para impedi-los. Diz que acredita

na profecia e agiu sozinho?"

 

"- O que ele está dizendo é que Mulder está morto... - fala Dana - ... essa é a verdade.

Eles o mataram, para cumprir a profecia."

 

"- E seu filho também deve morrer, ou o mundo... toda a humanidade perecerá na Terra."

 - explica, ainda, o homem.

 

Scully o fita, sem acreditar bem nas  suas terríveis palavras.

 

"- Por favor... deixe-me, por favor...!"- ele pede.

 

Neste momento entram pessoas do hospital: médico e enfermeiras.

 

 

 

Cena 4

No apartamento de Scully, ela e Reyes conversam sobre que explicação poderão dar ao

FBI, sobre a cura do Agente Colmer, que havia se recobrado do estado de coma.

 

Monica diz:

"- Acreditou no que ele lhe disse?"

 

"- Como pode duvidar dele... depois de tudo que viu e testemunhou com meu filho?

Era isso que eu temia! Que houvesse algo errado! - ela chora - Desde o momento

em que ele foi concebido!"

 

"- Seu filho foi um milagre. Não duvido de que tudo que vi não seja milagroso... mas seu

filho não é um monstro que precisa ser morto!"

 

Dana olha a colega, ainda chorando, silenciosa.

 

Monica prossegue:

"- Você disse que naquela nave há uma escritura gravada... das maiores religiões do

mundo. Não há religião que ordene a morte de uma criança. Não só de seu filho, mas de

qualquer criança. Foi um homem que nos disse isso. Quantas religiões previnem sobre

falsos profetas... e homens mandados para nos enganar?"

 

Scully suspira profundamente.

 

Ainda continua a Agente Reyes a falar:

"- Eu acredito que seu filho ainda pode estar vivo. E podemos achá-lo e salvá-lo. E com

aquele objeto, também podemos salvar Doggett."

 

Cena 5

Scully, através de um telefonema, recebe instruções para salvar a vida de seu filho, tendo

que ir sozinha para buscá-lo.

E o homem diz que só o entregará, se ela lhe apresentar confirmação de que Mulder está

morto. Caso Mulder não esteja morto, pode impedir o destino de seu filho.

Ela permanece apática, em seu lugar, completamente sem ação.

 

Cena 6

É noite, no imenso descampado.

Scully e Monica chegam ao local onde deverá estar o grupo sequestrador do seu bebê.

 

"- William!" - grita Dana, ao sair do carro - William!"- grita, novamente e sai correndo à

procura dele.

 

Sobre a espaçonave, com suas luzes acesas, que está dentro de um buraco aberto no solo,

encontra-se o grupo dos religiosos.

William está nos braços da mulher que o havia raptado.

O bebê chora.

Todas as pessoas estão sobre a grande espaçonave.

A imensa nave levanta vôo.

Scully e Reyes correm em direção do barulho e da forte luz que sai dessa nave.

As duas assistem-na subir ao espaço, num jato de luz.

Um grande fogo está ao redor do local de onde o veículo alienígena havia saído.

 

"- Nãao!!" - grita Scully, desesperada.

 

As duas correm para o local, onde há fogo.

Tochas de fogo brotam do solo e a fumaça paira no ar.

 

"- Meu Deus! - exclama Monica e chama a atenção da outra - Dana!"

 

Havia escutado o chôro de William.

 

"- William?" - grita Scully.

 

Vão descendo o chão avermelhado, cercado pelo fogo.

O bebê está no chão, envolvido numa manta, movimentando as pernas, agitado e chorando

muito.

Scully o agarra e o toma nos braços. Beija-o  Chora, abraçada a seu filho.

Monica abraça os dois, emocionada.