WILLIAM (WILLIAM) Roteiro: Chris Carter, Frank Spotnitz
, David Duchovny Direção: David
Duchovny 9x17 Exibição USA:
28/04/02 No Brasil:
17/07/02 |
RESUMO:
Em
uma casa rural, um homem está pintando um búfalo de madeira do tamanho de uma
mão. A esposa dele está perto, pensativa.
Ela não entende como alguém poderia deixar uma
criança. O marido dela a assegura que Deus tem razões ao pedir para alguém
fazer
isso. Pessoas da agência de adoção se dirigem ao local e entregam uma criança
ao casal
Em
Georgetown, Scully vai de
carro ao prédio de apartamentos dela. Um homem assiste nas sombras pela rua. Doggett deixa o
escritório
dos Arquivos-X e o mesmo homem passa despercebido no escritório e começa a
procurar os arquivos. Doggett, tendo
esquecido
algo, retorna e o homem o ataca, e então corre. Doggett
usa a arma dele e pára o homem no corredor. Scully é
chamada
ao
escritório e conversa com Doggett e Reyes. O homem diz que o nome dele é Daniel Miller e diz
que ele entrou no edifício com
um cartão
dado a ele por Fox Mulder.
O corpo do homem está fortemente queimado. Sob interrogatório, ele conta para Scully
que ele
veio aqui para achar respostas sobre a conspiração do governo que fez isto a
ele. Miller tinha levado vários arquivos relativos
a Fox e Samantha Mulder. Scully tem Miller
transferido para Quântico onde ela pode fazer um exame completo. Ela conclui
que
os danos
não são de queimaduras. Ele diz ele foi injetado com
algo que queimou o corpo dele dentro e fora. Doggett
determina
que a
identidade de Miller é falsa. A teoria de Doggett é
que Miller
realmente
é Mulder.
Scully continua o exame dela em Miller. Ele não lhe
contará o real nome dele. Pessoas no FBI o matariam se eles soubessem que ele
estava
sendo mantido lá. Quando ele lhe fala que ele poderia ser capaz de a ajudar, também, Scully tem um
flash de Mulder que diz
as mesmas
palavras, mas ela conta para Doggett e para Reyes que o Miller definitivamente não é Mulder. Eles levam de volta Miller
ao
escritório dos Arquivos-X onde ele lhes conta que o que foi feito a ele foi uma
tentativa frustrada para o transformar em um alienígena.
O
plano é fazer isto a todo o mundo. Ele não localizou os arquivos sobre os quais
Mulder lhe falou. Alguém já os removeu. Scully tem
os
arquivos em casa e os agentes levam Miller até lá. Mulder
e Scully concordaram em remover os arquivos do
escritório dos
Arquivos-X.
Se Miller realmente fosse Mulder, ele teria sabido
onde eles estavam. William chora e Scully acha Miller
no quarto de
William.
Miller conta que Mulder lhe falou tanto sobre
William. Ele quer segurar o menino por Mulder
Doggett e Skinner conversam. Os testes mostram que o
tipo sanguíneo de Miller emparelha com Mulder mas há
diferenças fisiológicas
que podem
ou não ser o resultado da condição de Miller. Mulder,
porém, conhece esses arquivos dentro e fora. Por que não só
contou
para Miller o que está neles? O telefone toca e Skinner adquire o relatório de
DNA de Miller. Scully fala com Miller que
ainda
está na casa dela. Está sendo uma boa interpretação, ela diz. Ele sabia que os
arquivos estavam na casa dela e ele há pouco
estava
fingindo. Miller diz que William é parte alienígena. Ela exige saber quem ele
realmente é. Doggett e Reyes
entram no quarto.
O
DNA de Miller combina perfeitamente com o de Mulder. Scully ainda não pode acreditar que realmente é Mulder. Os agentes
percebem
aquele Miller saiu fora. Doggett persegue Miller, o
pegando finalmente em uma ruela. Miller permite ser levado de volta
para o
apartamento de Scully, mas ele apanhou um pacote
pequeno na ruela que Doggett não nota.
A Miller é dado um tranqüilizante de forma que ele
pode dormir. Os agentes concordam em manter a situação em segredo. Eles falam,
tentando
entender o que está acontecendo. Scully diz que você
consegue conhecer uma pessoa de tantos modos. Ela ainda não pode
aceitar
que Miller é Mulder. Porém, Miller tem as pílulas na
mão e ainda está desperto. Ele passa despercebido no quarto de William e
prepara
uma seringa com uma agulha muito longa. A droga que ele prepara estava no
pacote que ele apanhou na ruela. Scully ouve
William
chorar e se apressa para o quarto dele. Miller está de volta na cama dele, mas
há sangue nos lençóis de William e está claro
que
Miller fez algo. Scully e Reyes
se apressam em levar William para uma sala de emergência de hospital onde os doutores vão
trabalhar
nele. Doggett questiona Miller e acha a droga. Depois
de uma espera longa na sala de emergência, são contados para Scully
e para Reyes que William está bem. Há evidências que a pele dele
estava quebrada pela injeção. Ele elevou os níveis de ferro no sangue
dele, mas
não há nenhum outro efeito. Scully tem tudo agora
entendido.
Miller está em uma sala de interrogação do FBI. Scully
fala para ele que ele é o exemplo perfeito de tudo aquilo que é vil e
asqueroso
neste mundo. Skinner assiste pelo vidro espelhado. Ele também percebe o que é.
Miller é Jeffrey Spender. O
exame de
DNA
combinou porque Spender e Mulder
são meio-irmãos. Ele injetou William com uma droga que é uma forma de
magnetita. Spender
diz que
William é uma coisa que os alienígenas necessitam. A injeção levou William para
longe deles, mas nunca terminará porque eles
sempre
saberão o que William era e nunca aceitarão o que ele é agora. Spender odeia o pai dele, o Canceroso. Spender
diz que quando
o pai
dele falhou e não preveniu a colonização alienígena, ele não quis nada além de
ver o mundo falhar, também. Spender, pelo menos,
pensa que
ele preveniu a colonização transformando William. Era a forma dele de vingança
do pai dele. Scully diz que ela pode proteger
William,
mas Spender discorda, insinuando que a conspiração
tentará transformar William novamente. Ele pede para Scully
que olhe
para ele
e pergunta se é isso o que ela quer para o filho dela.
Scully está de volta em casa, fazendo uma escolha.
Ela e Reyes conversam. Reyes
tenta convencer Scully que Spender
estava mentindo.
Scully
pergunta se ela pode realmente insistir que ela pode proteger William, só para
aprender muito tarde que ela não pode. William
não teve
uma escolha para entrar nesta vida. Scully não tem
uma escolha sabendo o que ele é mas ela tem uma escolha sobre a vida que
o filho
dela terá. Ela não deveria escolher que ele nunca terá medo de qualquer um ou
qualquer coisa? Ela nunca poderia lhe prometer r
ealmente isso. Está claro que Scully
decidiu deixar William para adoção.
Os pais novos de William são esses vistos no princípio do episódio. O pai
termina preparando os búfalos pintados como um móbile
para o
berço quando a mãe coloca William no berço dele. O móbile é colocado em cima do
berço e os pais apagam a luz e
deixam o
quarto. William contempla o móbile, sorrindo. Quando o episódio termina, o
móbile balança naturalmente sobre o berço.
Cena 1
Uma vasta extensão de gramado verde, cercada de
montanhas.
Um homem está pintando peças recortadas em madeira. Olha para sua
mulher, que tem nas mãos uma vassoura.
"- Devagar, meu bem. Está limpando tanto, que vai
colocar o cão no lava-louças. - a vê
permanecer calada e pensativa e
levanta-se para ir até ela
- Vamos, pare! - abraça-a -
Sempre sonhamos com isso e rezamos por isso."
"- Eu sei, desculpe; não consigo parar de me
perguntar porque... por que abandonar um filho e dá-lo
a estranhos?"
"- Deus tem suas próprias razões." - ele
diz, afagando os cabelos de sua mulher e beija-a, em seguida.
O casal vê que um carro aproxima-se da casa. Pára
diante da porta. Dele desce uma mulher. Vem com uma pasta na mão.
"- É difícil achar este lugar." - ela
comenta - Senhor e senhora
Van De Kamp?
- mostra um papel e abre a pasta. –
Desculpem, esta página não foi assinada. Podiam
assinar agora? Aqui está. - entrega o papel.
"- Obrigado." - diz o homem e pega o
documento.
"- Fico me perguntando uma coisa... - diz a
senhora De Kamp - Sei que
fizeram o exame médico... mas tem certeza de que ele
está bem?"
A mulher recém-chegada a
olha, surpresa.
O senhor De Kamp passa o braço no ombro da esposa.
"- Por que a mãe o largaria?" - insiste a
esposa do homem.
"- Você deve entender - responde a mulher que
chegara ali - Foi a opção de uma mãe solteira. E foi
uma decisão difícil para ela.
Só sei dizer que foi pelo bem da
criança."
A senhora De Kamp meneia a cabeça, dizendo entender.
Uma outra mulher aproxima-se, trazendo William nos
braços. Coloca-o nos braços da senhora De Kamp.
Todos ficam olhando e sorrindo para o bebê nos braços
da sua nova mãe.
"- Quero lhes apresentar William." - ela
fala.
Cena 2
Há duas semanas antes.
Aparece, numa noite de ruas molhadas, o prédio onde Scully mora.
Ela estaciona o carro em frente ao prédio.
Ela está cantando para seu filho. Ele está em sua
cadeirinha no banco traseiro.
"William era uma rã gigante
Era um bom amigo
Nunca entendia o que ele dizia,
Mas eu o ajudava a beber o seu
vinho..."
Scully sai do carro. Bate a porta e vai até o banco de trás.
Chega pertinho de seu filho, para continuar:
"... E deveria ser um ótimo vinho
Uma alegria para o mundo ..."
Ela agora toma-o nos braços.
Continua sua musiquinha.
"- Meninos e meninas
Uma alegria para os peixes..."
Scully parece notar, de repente, que alguém a observa. Olha
ao redor.
Nota que nada há de anormal. Continua a cantar.
"- No profundo mar azul
Uma alegria para nós
Se eu fosse o rei do mundo
Diria o que faria."
Ela vai carregando seu bebê e uma grande bolsa. Dá um
beijo na criança.
Cena 3
Scully está examinando o homem que tem o corpo totalmente
queimado e desfigurado. Ele está deitado de peito nú,
numa
cama, em Quantico, para que ela
avalie e descubra a causa ou a natureza da química que lhe havia estragado os tecidos
da pele.
O homem conta que lhe haviam injetado algo, o que
ocasionou todas aquelas queimaduras.
Neste momento entra na sala o Agente Doggett. Chama Scully e a Agente Reyes, que também se encontra ali.
"- O que foi, Agente Doggett?"
- quer saber Scully.
"- Fui investigar o nome dele. Há sete Daniel Miller em Frederiksburg
e ele não é um deles.
"- Então quem é ele?" - pergunta Monica.
Doggett olha para ambas.
"- Tenho uma idéia, mas não vão acreditar."
"- Quem é?" - insiste Monica.
"- Perguntou como ele entrou no FBI e como sabia
de tudo?" - continua
Doggett.
"- Ele disse que o Agente Mulder
o procurou e disse... " - Scully
tenta explicar.
"- Acho que não. - interrompe Doggett
- Mulder não diria nada. Acho que ele entrou aqui e
sabe de tudo porque aquele homem...
é Mulder. - conclui.
Scully o fita, assombrada. Logo em seguida se refaz e dá um
sorriso.
"- Isso é ridículo! - ela fala - É um
absurdo!"
"- É mesmo?"- diz Doggett,
sarcástico.
Ela respira, ansiosa.
"- A verdade é o que queremos que
seja verdade. Nem sempre são a
mesma coisa. Estou dizendo que não é Mulder. -
insiste.
"- Espero que prove que estou errado."- Doggett fala.
Dana arregala seus grandes olhos azuis para ele,
espantada com sua convicção.
Cena 4
Scully volta à sala de exames e continua o exame no homem
completamente desfigurado.
"- Pode abrir a boca, senhor? Preciso examinar
seus dentes."
"- Vai me dizer que preciso de aparelho?" -
o desconhecido tenta brincar.
Scully não acha engraçado. Continua séria e o examina na
boca, com a pequena lanterna.
"- Agora os olhos."- ela pede.
"- Vai me ajudar? "- pergunta o homem.
[Dá para se notar que Scully está fazendo o possível para, nesse exame, ter a
verdadeira resposta de que o desconhecido não
é, realmente, o Mulder.]
"- Ajude-me a fazê-los pagar por isto. - continua
o homem com sua estranha voz forçada e difícil de sair do peito."
"- Fala como se soubesse quem são eles ou onde
estão."
"- Também lhe fizeram coisas terríveis quando foi
abduzida."
Ela o olha atentamente e examina-o em suas glândulas
do pescoço, tocando-as com as pontas dos dedos.
"- O senhor deu um nome falso. Sabemos que seu
nome não é Daniel Miller."
"- Não, não é."
Scully o fita, parando por instantes o exame.
"- Qual é o seu nome?"
" - Não posso dizer."
"- Por que mente pra nós, se quer nossa
ajuda?" - ela está falando bem próximo do rosto do homem.
"- Porque pessoas dentro do FBI me matariam se
soubessem que estou aqui. As mesmas pessoas que mataria Mulder."
Mais uma vez Scully o olha,
atentamente, examinando-lhe cada detalhe de seu rosto.
[Parece-nos que tem vontade abraçar o homem, sentindo
que é o seu Mulder]
Ela retoma sua posição de médica.
"- Pode vestir a roupa."
"- Estou pedindo sua ajuda... - ele diz - ... mas
talvez possa ajudá-la."
Scully o olha, mais uma vez.
"- Como pode me ajudar?"
"- Também procura respostas."
Ela o está fixando bem nos olhos.
Repentinamente, o rosto de Mulder
aparece nítidamente na retina do olho do
desconhecido. E ela ouve a inconfundível voz de
Mulder lhe falando:
"- Ambos procuramos respostas."
Dana pisca os olhos,
estarrecida com o que viu. Coloca uma mão sobre os olhos fechados. Abre-os,
novamente e retira a mão,
balançando a cabeça, como que querendo arrancar aquela visão
diante de seus olhos.
O homem a olha, com seu sorriso desfigurado.
Dana retira-se dali.
Cena 5
Dana conversa com Monica
sobre os arquivos que estão em seu poder, explicando que o homem desconhecido
não é Mulder,
pois ele saberia que tais arquivos estavam em casa dela,
pois haviam combinado isso.
O bebê chora, nesse instante.
Scully vai até o quarto onde estava descansando o
desconhecido, acompanhada por Monica.
Olha no quarto e não o vê ali.
Sai correndo para o quarto do bebê.
O homem está lá, junto ao berço da criança.
"- o que está fazendo? Afaste-se do berço!"
- grita Dana.
"- O bebê estava chorando."- ele retruca.
"- Não é da sua conta."- ela toma a criança
nos braços.
"- Desculpe, ouvi tanto sobre William... Mulder disse que sente saudade dele."
Scully, com o bebê nos braços, o olha assustada e intrigada,
ao mesmo tempo.
"- Se é verdade, onde está ele? - faz uma pausa -
Diga-me onde ele está!!" - grita.
"- Não vai querer saber."
"- Preciso saber!"
" - Ele está sofrendo... são dores terríveis...!"
"- Deixe-me ir até ele." - ela pede.
"- Não pode fazer nada."
"- Não é você quem decide."
"- Nós sabemos que é Mulder
quem decide. Eu... ele me implorou para prometer isso. Para sua segurança e a
de William."
Monica aproxima-se:
"- Dê-me ele, Dana, ficarei com ele." - quer
segurar o bebê.
"- Não! Por favor, posso?
" - é o homem quem fala e
abre os braços, pedindo para pegar a criança. - Quero segurá-lo."
Scully o olha, com ar indeciso.
"- Senhor Miller..." - inicia Monica.
"- Não...! É importante fazer isso!" - fala
o homem.
Scully afaga o rostinho do bebê, que a olha sorrindo.
"- Quero segurá-lo, por Mulder."
- insiste o homem.
O bebê, no colo de sua mãe, joga as mãozinhas sobre o
peito dela, inquieto.
Ela continua indecisa.
Decide, afinal. Entrega seu bebê, nos braços do
desconhecido, que o pega com ternura.
Dana examina, atentamente, cada gesto do homem, que
está olhando a criança com imenso carinho.
Uma lágrima dele cai sobre a face de William.
Dana franze o cenho e o olha, incrédula.
"- Ele é tão lindo!"- comenta o homem e
embala o bebê, levemente.
Cena 6
O desconhecido continua examinando os arquivos que Scully lhe dera, sentado na cama do quarto dela.
Ela chega até a porta.
"- Foi um gesto louvável."- ela fala.
"- Não sei do que fala." - ele retruca.
"- Sabe, sim."
Ela entra e fecha a porta.
"- Você sabia que os arquivos estavam aqui -
aproxima-se dele - Fingiu não saber, para eu trazê-lo aqui e poder ver
William."
"- Não!"
"- Quero a verdade."
"- Que verdade?"
"- A verdade que não falou."
"- Quero a mesma verdade que você." - ele
replica.
"- Não faça isso comigo! Não você!"
[Ela já está
desesperada e certa de que o homem é Mulder]
"- Eu não vim aqui para perturbá-la! Não
pretendia ser descoberto. Sei que deve ser dificil
viver só, criar um filho, sem saber se
verá Mulder de novo."
"- Como sabe da minha vida?"- pergunta,
ainda desesperada.
"- Sei o que Mulder
sabe. Sei que eles a usaram para ter um filho. E continuam a usá-la, para
criá-lo e educá-lo."
"- O que está dizendo?" - sussurra, aflita,
quase chorando.
"- Sabe o que estou dizendo. Seu filho... é parte
alienígena."
"- Diga quem é você!"- aumenta a voz.
Ele a olha somente, sem responder.
"-Vamos! Diga seu nome! Diga!" - ela repete.
Ele continua sem falar.
"- Diga seu nome!"- grita.
Monica abre a porta do quarto, chamando:
"- Agente Scully?"
"- Pode sair e fechar a porta." - ela
responde.
Monica fica indecisa.
"- Saia, por favor! - pede Dana - É uma conversa
particular."
"- Entendo. - diz a outra - Desculpe."
O homem estranho levanta-se e sai do quarto.
"- Sabe quem é esse homem?" - Dana pergunta
à sua colega.
"- Sim, sei."
Doggett entra no quarto, neste momento.
"- Agente Scully?" - ele chama e fecha
a porta.
"- O que é isto? O que foi?" - Dana quer
saber, aflita.
"- Fizemos os testes de DNA. Identificação
positiva." - fala Doggett.
"- Não é ele. - afirma Dana - Ele não diria essas
coisas." - ela explica.
Monica olha para Doggett, num
gesto de compreensão à dúvida de Scully.
"- O DNA combina com o de Mulder."
- diz Doggett, com decisão.
"- Não é ele!" - Dana confirma, convicta.
[Ela, mais
do que ninguém, sente e sabe, não é?]
Cena 7
Após Doggett ir agarrar o
desconhecido que havia fugido para a rua, o Agente o traz de volta à casa de Scully.
Monica e Doggett dão a ele um
calmante.
Monica pede a Scully que tenha
paciência com o sujeito.
[
Ela e Doggett estão no firme
propósito de que o homem é Mulder]
Os Agentes colocam o homem para dormir um pouco na
cama de Scully, para descansar. Vão para a sala.
Dana
está sentada, pensativa.
"- Ninguém acreditaria que é Mulder."
- ela diz.
"- Alguém fêz isso com
ele." - diz Monica.
"- Seja quem for, já sabe. É isso que ele
teme." - diz Doggett.
"- Se ele tem medo, por que fugiu?" - Dana
continua.
"- Ainda não acredita que é ele!" - comenta Doggett.
"- Há muitas maneiras de se conhecer uma
pessoa... - balança a cabeça, olhando o vazio - ... e um exame não é capaz
disto." –
Dana replica.
"- Farei o exame de DNA novamente... ms posso
garantir. A combinação foi perfeita."- reafirma Doggett.
"- Você perguntou porque ele fugiu... -
fala Monica para Scully -
... mas deve ser difícil para ele ter aquela aparência."
Scully continua com o olhar perdido no espaço.
"- Se fosse Mulder, não
me importaria." - afirma, simplesmente.
[Aíííí, Scully!! Isso é que é amor!! ]
"- Mas ele se importa. Tem de se importar!"
- rebate Monica.
"- Talvez sinta vergonha." - acrescenta Doggett.
"- De que?"- pergunta Dana.
"- Não só da aparência. Você o deixou ir para
protegê-lo, só que ele não conseguiu se proteger." - diz Doggett.
Dana o olha.
"- Acredita nisso?"
Doggett suspira, cansado da teimosia de Scully.
"- Não sei. Saberemos quando ele acordar."
Cena 8
O desconhecido acorda, assustado; sai da cama e vai, sorrateiramente,
até o quarto de William.
Tira do bolso uma seringa.
O bebê está dormindo.
O homem prepara-se para injetar algo na criança.
O bebê acorda e ergue a mãozinha na direção do homem.
Este retira a chupeta da boca de William e, tendo
passado um dedo num frasco que contém uma espécie de geléia, coloca um
pouco na boca da criança.
William agarra a mão dele, inocentemente.
O homem prepara a seringa.
Na sala, ainda estão Doggett,
Monica e Dana, conversando.
Ouvem a criança chorar muito alto.
Scully corre para atendê-la. Retira-a do berço.
"- Está tudo bem."- tenta acalmar seu filho.
"- Ele está bem?"- pergunta Monica, vendo-o chorar tanto.
Doggett vai até o quarto de Scully,
para conferir se o homem continua dormindo na cama. Encontra-o deitado.
De lá do quarto ele ouve a voz de Dana,
gritando:
"- Meu deus! Sangue!
Doggett corre para lá.
Scully está apavorada, segurando, aflita, o seu bebê.
"- Céus!!" - ela exclama.
Os três vêem o lençol do berço sujo de sangue.
"- Tem sangue no lençol."- diz Monica.
"- O que ele fêz?"- pergunta Doggett, incrédulo com a cena.
A criança é levada, imediatamente ao hospital, para
exames.
Cena 9
Após longas horas de espera, Monica
e Dana falam com a médica, que explica que, além da alta taxa de ferro em seu
sangue, a criança está normal. Com muita saúde.
Scully entende o significado disso.
Em resumo:
Após haver falado ao estranho desconhecido tudo o que
desejava sobre a atitude tão incrível e hedionda, Dana conseguira
arrancar do homem uma confissão.
Ele é, na verdade, o Agente Jeffrey
Spender, filho do Canceroso, portanto meio irmão de Mulder. Por isso, o mesmo DNA.
Dana lhe diz haver descoberto que ele injetara um
metal líquido em seu filho.
Jeffrey diz que é um tipo de magnetita.
"- Um presente para William." - diz ele.
"- Um presente?!"- exclama Scully, indignada.
"- Tendo fracassado como
conspirador para controlar a colonização alienígena, meu pai queria que o mundo
fracassasse
também." - explica.
"- E você evitou isto agora? Evitou a colonização
alienígena, injetando esse metal em meu filho?"
"- Seu filho é a única coisa que os alienígenas
precisam. E eu me vingo de meu pai, deixando William longe deles."
"- Então, ele está bem? Apenas isso?"
Jeffrey acena positivo com a cabeça.
"- Então acabou! Vão
deixá-lo em paz!" - fala Dana, esperançosa.
"- Jamais acabará. Sempre saberão o que ele foi.
Mas jamais aceitarão o que ele é, agora."
"- Eu posso protegê-lo."- fala convicta.
"- E se não puder? Olhe pra mim. O que fizeram. É
isto que quer para seu filho?"
Cena 10
O bebê está no berço. Levanta os bracinhos.
Scully está debruçada sobre o berço.
Monica aproxima-se.
"- Dana? O quarto está pronto. Joguei fora o
lençol e coloquei outro limpo."
"- Obrigada."
"- É impossível não pensar o que ele disse sobre
William. Mas é tudo mentira. E você provou isso."
"- E como vou provar agora? Insistindo que posso
protegê-lo? Só pra saber, mais tarde, que não poderia?"
"- Fala como se pudesse escolher."
"- Ele não escolheu vir para
esta vida. Não posso escolher o
que ele é ou foi. Mas posso escolher a vida que meu filho terá.
-
começa a chorar - E
escolho que ele jamais tenha medo de alguém ou de algo. Mas como posso prometer isso a ele?"
O bebê lança para a mãe o seu olhar inocente.
Ela segura-lhe a mãozinha.
"- Quem pode?"- diz Monica.
Scully toca com um dedo na estrelinha do móbile sobre o
berço.
Uma música começa a lançar sua melodia no ar. Vozes de
um coral.
Aleluia.
Dana
cobre com a mão o rosto e
soluça.
O corpo espera
Mas a alma não
Aleluia
A cena mostra a casa de compo
que é da nova família de William.
É noite. As luzes estão acesas. O ambiente é de muita
paz.
Michael
Reme o barco até a praia
Aleluia
Michael
Reme o barco até a praia
Aleluia
William está nos braços de sua nova mãe, num novo
quarto, com decoração infantil.
Irmão, ajude-o com as velas
Aleluia
Entra o novo pai, trazendo alegremente, um móbile
feito de bichinhos recortados na madeira.
Irmão, ajude-o com as velas
Aleluia
Michael
Reme o barco até a praia
Aleluia
A mulher coloca o bebê no berço.
"- Durma bem, filhinho."- diz o homem, ternamente.
O casal dirige-se para a porta.
O rio Jordão é fundo e largo
Aleluia
A mulher apaga a luz e ambos saem do quarto.
O bebê, feliz no berço, sorri para seu novo móbile.
Leite e mel na outra margem
Aleluia.
Nota:
Por que fiz cenas deste episódio?
Naturalmente que não foi por haver algum momento shipper, mas há de se entender o sofrimento e a devida
explicação do
porquê a Scully abriu mão de poder
ser uma mãe comum, criar seu filho até o fim da vida...!
Mas, dentro de nós, não somente os shippers,
mas os eXcers em geral, se
revoltam com esse ponto final que os roteiristas da
Série criaram. Todos nós estamos insatisfeitos com
esse final tão infeliz.
Afinal, a nossa Scully bem
merecia ser inteiramente feliz.
Que pena!