(THE X-FILES PILOT} Roteiro: Chris Carter Diretor: Robert Mandel Exibição USA:
10/09/93 Brasil: 04/12/94 |
RESUMO:
Agente especial Dana Scully , doutora médica e instrutora
na Academia do FBI em Virgínia, recebe instruções para apresentar-se à Scott Blevins em Washington. Blevins
nomeia Scully para investigar -- e desacreditar -- um projeto chamado de
"Arquivos X" onde estão arquivados os casos misteriosos do FBI , não solucionados
e relacionados ao para-normal.
Scully é instruída para contatar Fox Mulder, um agente que está obcecado em
investigar os casos esquecidos dos Arquivos X. Mulder exibe um interesse
particular em uma série de mortes misteriosas espalhadas pelos Estados Unidos
unidas por uma pista comum: duas marcas vermelhas estranhas na pele das
vítimas.
Mulder e Scully voam para Bellefleur, Oregon, para investigar a morte de Karen Swenson, uma estudante da escola secundária que morreu
misteriosamente, e cujo cadáver está marcado com duas orlas vermelhas. Os
agentes exumam o corpo de Ray Soames, um dos colegas
de Karen. Porém, quando caixão de Soames é aberto,
uma carcaça de estranha de um humanóide é descoberta
dentro. O cadáver se parece com o de um orangotango, e radiografias revelam um
objeto de metal não identificado implantado na cavidade nasal da criatura.
Mulder e Scully questionam Billy Miles e Peggy O'Dell,
colegas de Swenson e Soames
que foram feridos em um acidente de automóvel e foram institucionalizados desde
então. Billy Miles ficou próximo a um estado vegetal, enquanto Peggy O'Dell foi limitada a uma cadeira de rodas. O'Dell fica violenta de repente, e quando lutam para a
acalmar, são descobertas duas marcas vermelhas na pele dela.
Enquanto procuram o campo onde Karen Swenson foi
encontrada, os agentes são confrontados por um detetive que os ordena sair do
local. O par concorda, mas como eles dirigem ao longo da rodovia, eles são
encobertos por uma luz estranha do céu. A luz escoa a energia do carro deles,
fazendo o carro dar uma parada. Mulder olha para o relógio dele e percebe que
nove minutos não podem ser considerados.
Os dois retornam para o motel deles, onde Mulder conta para Scully que o
interesse dele nos Arquivos X vem da infância dele quando sua irmã que tinha
então oito anos foi seqüestrada do quarto deles
enquanto ele dormia. Mulder diz que ele não pode recordar nada do incidente e
até se colocou sob hipnose anos atrás.
Um telefonema anônimo dá pistas aos agentes que Peggy O'Dell
foi morta quando ela correu ao longo da rodovia. Enquanto investigam o
incidente, os agentes são informados que a sala de autópsia foi vandalisada. Eles voltam ao hotel para achar os quartos
deles em chamas, destruindo toda a evidência recolhida no caso.
Os agentes são confrontados por Theresa Nemman, filha do médico legista que originalmente executou
as autópsias nas vítimas. Ela admite ter as marcas vermelhas também na pele
dela, e descreve como uma luz luminosa que apareceu no céu a noite que ela estava
saindo com os amigos dela, Billy Miles e Peggy O'Dell.
A hipótese de Mulder é que Billy Miles está debaixo do controle de uma força
alienígena. Ele tem a convicção de que Billy matou Peggy O'Dell.
Os agentes voltam à floresta esperando juntar mais evidências. Detetive Miles
tenta os parar, e ele e Mulder testemunham Billy levando Theresa
ao lugar no bosque onde os outros corpos tinham sido achados. Uma luz
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misteriosa ilumina Billy, e um vento forte roda ao
redor dele. Momentos depois a luz enfraquece e os ventos morrem, e Billy se
levanta em cima de Theresa, não sabendo onde ele está
ou como ele chegou lá. As marcas vermelhas desapareceram da pele dele.
Depois de voltar a Washington, Scully dá o relatório dela. Mas para a surpresa
dos supervisores dela, o objeto de metal removido do cadáver não foi destruído
com todas as outras evidências. Scully manteve isto com ela e entrega para eles
como o único pedaço restante de evidência física do que tinha acontecido. O
objeto de metal é levado pelo Homem que fuma Cigarros (primeira aparição do
Canceroso) e arquivado ao lado de vários outros dentro de um armazém do governo
no porão do Pentágono
Após ter sido orientada por seus superiores, Scully vai até a sala do seu futuro parceiro.
Bate à porta e ouve uma voz, vindo do interior da sala:
"- Não
tem ninguém aqui! Só os imprestáveis do
FBI!"
Scully, no
entanto, abre a porta e entra e, de
imediato, lê o poster
preso à parede:
Eu quero
acreditar
Dana corre a
vista pelas prateleiras que contém
dezenas de pastas desarrumadas no
escritório do Agente.
Este está absorvido em seu trabalho, selecionando fotos sobre a mesa.
Volta-se para ela.
Ele usa óculos. Os cabelos são desalinhados e a gravata está fora do
lugar, com a camisa desabotoada no colarinho.
"- Agente Mulder, fui destacada para trabalhar com você. Sou Dana Scully." - apresenta-se ela, sorridente.
"- Ora, não é ótimo de repente a gente ficar
famoso?" - diz ele, sarcasticamente.
Apertam-se as mãos,
apresentando-se mutuamente. Ele
permanece sentado.
"- E o que fez você pra conseguir vir pra
cá, Scully?"
"- Eu queria mesmo vir trabalhar com
você!"
Mulder volta-se
para olha-la, novamente.
"- Verdade?
- mexe nas fotos sobre a mesa
- Tive a impressão de que foi
mandada aqui pra me espionar!"
"- Se tem alguma dúvida sobre as minhas
qualificações ou credenciais..."
- ela ensaia falar.
Ele corta sua frase:
"- É doutora em medicina... -
levanta-se e remexe uns papeis,
encurvado sobre a mesa -
... leciona
na Academia e fez o bacharelado em Física.
- pega um papel e lê - O
Paradoxo dos Gêmeos de Einstein, Uma
Nova Interpretação por Dana Scully
- Tese Final. - diz
animado - Isso é uma credencial! Escrever Einstein! -
ele anda pela sala.
"- Ah, então você leu?!" - ela quer saber.
"- Sim,
eu li e gostei! No meu trabalho
as leis da Física raramente se aplicam!"
Mulder,
então, começa a pô-la a par da
investigação que ambos terão que fazer,
mostrando-lhe alguns slides sobre o assunto.
Scully está trabalhando no relatório em seu
laptop, sentada sobre a cama no quarto
de hotel.
A luz elétrica
apaga-se e ela acende uma vela.
Vai ao banheiro para despir-se. Quando o faz, nota em suas costas duas marcas e fica
assustada, pois julga serem marcas iguais às vistas nas
pessoas que haviam sido mortas.
Vai,
rápida, ao quarto de Mulder, trajando somente um robe
sobre as peças íntimas.
"- Oi!" -
ele diz, abrindo a porta com uma
vela acesa na mão.
"- Queria que olhasse uma coisa!" - fala,
apreensiva.
Mulder a faz entrar,
meio indeciso.
Scully, com
uma pausa em fração de segundos, mas sem
mais esperar porem, vai retirando, sem inibições e com simplicidade, o robe que veste.
Fica somente de calcinha e soutien
diante do atônito e deslumbrado Mulder.
Ela o faz examinar suas costas.
Mulder,
vagarosa e atentamente, passeia o
olhar pelas costas de Dana, tocando-a
com os dedos, até chegar ao lugar onde se encontram as marcas
que tanto a haviam assustado,
aproximando a chama da vela ao corpo dela, para ver melhor.
Ele está parado.
Parece extasiado ao ver aquele corpo jovem à sua frente.
"- Mulder,
o que é isso?" -
pergunta, alarmada, desejando saber sobre as manchas.
Ele sorri.
Ela geme,
ansiosa por sua resposta.
"- Mordidas de mosquito!" - finalmente ele responde, sorrindo.
"- Tem certeza?"
"- Tenho!
Eles arrancaram minha pele lá no mato!"
"- Aii!" - geme ela, aliviada pela resposta que ele lhe
dera.
Em seguida atira-se,
chorando, nos braços de Mulder.
Ele está com
as duas mãos afastadas do corpo dela,
numa delas segurando a vela acesa e a outra ele mantém afastada de
Scully, indeciso, sem saber se deve tocá-la.
"- Você está bem?" - pergunta ele por fim, abraçando-a,
terna e respeitosamente.
"- Estou...
deixa eu sentar.
Ai...!" - geme,
por conseguir livrar-se do peso de seu medo.
"- Fique à vontade." - diz Mulder,
para que ela permaneça no quarto com ele, caso seja esse seu desejo.
No quarto iluminado somente pela luz da vela, muito
naturalmente e com toda intimidade, Dana
está deitada de lado na cama de Mulder,
com as pernas embrulhadas no
cobertor, um braço apoiando a cabeça
, enquanto ele está sentado no chão, com a cabeça
recostada na beira da cama e conta
a ela toda a história de sua vida e o porquê de sua busca incessante
pela verdade.
Nota
Cena
lindíssima que nós, shippers, já tivemos que ter diante de nossos olhos românticos, logo no primeiro episódio do
Seriado! Daí em diante como é que
iríamos reagir, a não ser torcer para que os dois continuassem
sempre se... apreciando?